Uma das formas de diversificar a carteira em ativos estrangeiros é investindo em fundos internacionais. E, atualmente, é ainda mais fácil investir nesses ativos, pois há opções também para quem não deseja abrir uma conta no exterior.

Mas será que vale a pena investir em fundos internacionais? A seguir, saberemos mais sobre esse tipo de investimento, e conheceremos as suas vantagens e os seus riscos. Continue a leitura e descubra!

Como funcionam os fundos internacionais?

Os fundos internacionais são investimentos que possuem a rentabilidade atrelada a moedas ou ativos estrangeiros.

Esses investimentos funcionam da mesma forma que os fundos que investem em ativos do mercado nacional. Ou seja, possuem um gestor profissional, que será o responsável pela escolha e acompanhamento dos ativos que formarão o fundo. Além disso, existe a cobrança de taxa de administração, e ainda poderá haver taxa de performance quando o desempenho do fundo supera o benchmark estabelecido.

A diferença entre os fundos internacionais e os outros fundos disponíveis no mercado é justamente o fato de os seus resultados acompanharem o desempenho do mercado internacional. Nesse sentido, eles podem estar ligados a ações de empresas estrangeiras, títulos públicos internacionais ou diretamente a moedas, por exemplo.

A seguir, veremos os tipos mais conhecidos de fundos internacionais.

Tipos de fundos internacionais

Basicamente, podemos dividir os fundos internacionais em três principais categorias:

Fundo de renda fixa

Esses fundos são os que investem a maior parte do seu patrimônio em ativos de renda fixa. Nesse sentido, as debêntures de empresas estrangeiras e títulos públicos internacionais são alguns exemplos de ativos que compõem os fundos de renda fixa.

Normalmente, esses fundos seguem a variação do CDI. Porém, eventualmente podem superar o benchmark. Pelo fato de, geralmente, contar com proteção contra a variação cambial, esse investimento é indicado para perfis mais conservadores.

Fundo de renda variável

Por sua vez, essa categoria possui ativos cuja rentabilidade não é predefinida no momento da aplicação. Um dos exemplos de fundos internacionais de renda variável mais conhecidos são os ETFs (Exchange Traded Funds).

Os ETFs, também chamados de “fundos de índices”, têm como objetivo replicar determinado índice do mercado financeiro. No caso do mercado internacional, há ETFs, por exemplo, que seguem o S&P 500, o índice considerado termômetro da economia norte-americana.

Neste artigo, conheça os ETFs ligados ao S&P 500.

Como esses fundos possuem mais risco do que os de renda fixa, são indicados para investidores moderados e arrojados.

Fundos cambiais

Já os fundos cambiais são aqueles que investem, no mínimo, 80% do seu patrimônio em ativos estrangeiros, geralmente o dólar. Dessa forma, os recursos do fundo ficam totalmente expostos à variação cambial, o que faz com que esse investimento tenha alta volatilidade em determinados momentos.

Os fundos cambiais também podem utilizar derivativos. Clique aqui e entenda como funcionam os derivativos.

Pelo fato de utilizarem derivativos na sua estratégia e dependerem ao mesmo tempo da economia internacional, talvez os fundos cambiais sejam os mais difíceis de projetar o seu resultado entre os fundos internacionais. Por isso, são indicados para perfis mais arrojados.

Vantagens e desvantagens de investir em fundos internacionais

Como todo investimento, os fundos internacionais também apresentam vantagens e desvantagens. A seguir, vejamos algumas das principais.

Vantagens

Investir nesses fundos é uma forma de diversificar os investimentos em moeda estrangeira. Aqui no Yubb, nós já falamos algumas vezes sobre a importância da diversificação da carteira, inclusive em ativos estrangeiros.

Isso porque, quando se investe em ativos ligados à economia de outros países, consegue-se atenuar o risco-país dos investimentos. Dessa forma, o patrimônio não fica totalmente exposto à moeda local, o que é importante principalmente em tempos de turbulência na economia nacional.

Saiba mais sobre a importância de considerar o risco-país nos investimentos.

Além disso, atualmente é bastante fácil investir em fundos internacionais. A não ser que deseje, o investidor não precisa abrir uma conta no exterior para adquirir esses ativos. Basta negociar as suas cotas na bolsa de valores brasileira.

Desvantagens

Se, por um lado, os fundos internacionais servem para mitigar o risco-país, não dá para esquecer que eles acabam expondo o patrimônio às oscilações de uma outra economia. Ou seja, o risco do investimento não deixa de existir e, por isso, é preciso pesquisar e se informar bem sobre o país no qual se deseja investir.

Outra desvantagem desses fundos em relação a alguns investimentos é a sua liquidez. Isso significa que o investidor pode não conseguir negociar as cotas do fundo no exato momento que desejar. Ou, se o fizer, poderá arcar com algum prejuízo, justamente em virtude das oscilações do mercado internacional.

Por esses motivos, o fundamental na escolha de um fundo internacional é saber em que ativos o gestor está investindo. Economias mais desenvolvidas tendem a apresentar volatilidade menor em relação a países em desenvolvimento.

Isso não significa que não se possa investir em economias emergentes. Ao contrário, a volatilidade desses locais pode proporcionar altos ganhos. No entanto, o investidor deve estar preparado para as oscilações da economia desses países, e ter foco no longo prazo se decidir investir neles.

Você já investe, ou quer começar a investir em ativos internacionais? Se quiser saber mais sobre o assunto e conhecer outras opções, dê uma olhada nos artigos abaixo!