Mesmo com os altos e baixos das criptomoedas, esses ativos atraem cada vez mais investidores em todo o mundo. Tanto é que já existem formas indiretas de investimentos, e uma delas são os ETFs de criptomoedas.

Atualmente, a bolsa brasileira possui dois ETFs (Exchange Traded Funds) que investem em criptomoedas: o HASH11 e o QBTC11. E parece que, em breve, haverá mais um desses fundos à disposição do investidor brasileiro: o QETH11.

Mas será que vale a pena investir em ETFs de criptomoedas? É o que veremos neste artigo. Para saber mais sobre esses investimentos, continue a leitura e confira a seguir!

ETFs de criptomoedas: vale a pena investir?

Aqui no Yubb, já falamos algumas vezes sobre como funcionam os ETFs, mas nunca é demais relembrar.

Os Exchange Traded Funds (também chamados de “fundos de índices”) são fundos cujo objetivo é replicar determinado índice do mercado financeiro, seja ele nacional ou internacional. Uma das grandes vantagens desse investimento é proporcionar boa diversificação a um preço acessível ao pequeno investidor.

Assim como ações, fundos imobiliários e outros investimentos de renda variável, os ETFs também são negociados na bolsa de valores. No artigo abaixo, saiba mais sobre como funcionam e quais as vantagens de investir nesses fundos.

E por que não investir diretamente em criptomoedas?

Se você acompanha o nosso blog ou o canal no YouTube, sabe que somos grandes entusiastas dos criptoativos. Inclusive, já falamos sobre várias criptomoedas e, também, sobre como abrir conta em exchanges (como a Binance, por exemplo) para adquirir e negociar diretamente as criptomoedas.

No entanto, para quem gosta do mundo cripto mas não tem tempo ou conhecimento necessários para investir diretamente nesses ativos, encontrar investimentos atrelados a eles pode ser uma boa opção para diversificar a carteira. 

Assim como outros fundos de investimentos, os ETFs contam com gestores profissionais, que selecionam e acompanham os ativos que formarão o fundo. Dessa forma, só é preciso comprar as cotas desses fundos para começar a investir, sem que seja preciso se preocupar com a escolha dos ativos.

Outro ponto positivo dos ETFs são os baixos custos comparados a alguns outros investimentos. Por serem fundos de gestão passiva, a taxa de administração é relativamente baixa, o que também favorece o pequeno investidor.

E como investir em ETFs de criptomoedas?

Como vimos, hoje já existem na B3 dois ETFs que investem em criptomoedas: o HASH11 e o QBTC11. E, ao que tudo indica, em breve teremos O QETH11. A seguir, veja como funciona cada um desses fundos.

ETF HASH11

O HASH11 foi lançado em abril de 2021, e já é o segundo maior ETF da bolsa de valores brasileira, com patrimônio em julho superior a R$ 1,5 bilhão e mais de 118 mil cotistas. Esse fundo de índice tem como objetivo seguir o Nasdaq Crypto Index (NCI), índice que representa as principais criptomoedas do mercado.

Por sua vez, o NCI é composto hoje por oito criptomoedas: bitcoin (representa mais de 60% do índice), ethereum, bitcoin cash, litecoin, uniswap, chainlink, filecoin e stellar. Segundo a gestora do fundo, não há garantia de sempre os mesmos criptoativos representarão o índice. Isso porque, a cada trimestre, é realizado um rebalanceamento, que pode incluir novos criptoativos e excluir outros, conforme os respectivos desempenhos.

O HASH11 investe nessas criptomoedas por meio de cotas de um outro fundo, o HDEX.BH (Hashdex Nasdaq Crypto Index). Ou seja, ele é um ETF de ETFs, ou um fundo de fundos (também chamado FOF).

Em seu IPO, esse ETF superou as expectativas de captação. Nesse sentido, a Hashdex, sua gestora, esperava levantar um volume em torno de R$ 250 milhões, porém as cotas comercializadas totalizaram R$ 600 milhões já em seu lançamento.

A administração do HASH11 fica a cargo da Genial Investimentos, e a taxa de administração (já considerando o fundo de índice-alvo) é de 1,3%.

ETF QBTC11

Em vez de investir em diversas criptomoedas, como o HASH11, o QBTC11 tem o bitcoin como único benchmark. Trata-se do segundo ETF de bitcoin lançado no mundo, lançado em junho de 2021 (o primeiro foi o QBTCC, do Canadá)

O objetivo do QBTCC é replicar o índice da CME CF Bitcoin Reference Rate, indicador negociado pela bolsa de Chicago, a maior bolsa de derivativos do mundo. Trata-se de um ETF bastante acessível, com investimento mínimo inicial de R$ 100.

A gestão do QBTC11 é da QR Capital, e a sua taxa de administração de 0,75%. Em julho de 2021, o patrimônio líquido do fundo já superava R$ 118 milhões.

ETF QETH11

Em 13 de julho de 2021, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou a criação do QETH11, o primeiro ETF de ether brasileiro. O ether é a criptomoeda da plataforma Ethereum e a segunda maior do mundo, sobre a qual já falamos algumas vezes aqui no Yubb.

A exemplo do bitcoin, o ether também foi desenvolvido na tecnologia blockchain. Porém o seu grande diferencial da plataforma Ethereum é a flexibilidade de suas aplicações, que permite a criação dos smart contracts (ou “contratos inteligentes”).

No artigo abaixo, saiba mais sobre a plataforma Ethereum.

O QETH11 terá como índice de referência o CME CF Ether Reference Rate, e a sua administradora será a Vortx. Ainda não há data definida para o seu lançamento no Brasil.

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