De acordo com o portal Livecoins, no final de novembro de 2021 o bitcoin apresentou valorização acumulada de mais de 270% nos últimos 12 meses.
No mesmo período, algumas altcoins alcançaram altas ainda mais expressivas. É o caso da LUNA (que subiu 14.000%), MATIC (+9.591%) e AXS (+18.000%), por exemplo.
Apesar da altíssima volatilidade dos criptoativos, esses ganhos atraem cada vez mais investidores em todas as partes do mundo.
Isso significa que vale a pena começar a investir em criptomoedas?
Quem acompanha o Yubb, sabe que temos uma especial simpatia por esse ativo digital. Inclusive, temos uma seção especial voltada exclusivamente às principais criptomoedas do mercado.
No entanto, para saber se vale a pena ou não começar a investir em criptomoedas, duas coisas são fundamentais: conhecer as características desses ativos e o momento certo de entrar no investimento. Se você tem dúvidas e quer saber mais a respeito, continue a leitura!
Características das criptomoedas
Ao conhecer as características das criptomoedas, você consegue identificar as vantagens e desvantagens de investir nesse ativo. A seguir, conheça algumas das principais.
Volatilidade
Uma das principais características das criptomoedas é a sua altíssima volatilidade. Isso faz com que o investimento seja indicado apenas para os investidores mais arrojados, ou seja, que possuem maior tolerância a riscos.
Reserva de valor
Algumas criptomoedas possuem limitação de emissão, o que garante a sua escassez. É o caso do bitcoin, por exemplo, que deixará de ser minerado quando houver 21 milhões de unidades em circulação no mundo.
É por isso que se diz que essas criptomoedas podem ser utilizadas como reserva de valor. Ou seja, quando a escassez é determinada, não se corre o risco de ela circular em excesso, o que a protege dos efeitos da inflação.
Leia também: Criptomoedas protegem contra a inflação?
Logicamente que apenas a escassez da criptomoeda não é garantia de que ela não irá se desvalorizar, pois outros eventos poderão levar à sua deterioração. Porém, o fato de a sua emissão ser controlada torna o seu valor mais protegido com o passar do tempo.
Descentralização
Outra característica das criptomoedas é não terem uma entidade governamental responsável pela sua regulamentação. Não há, por exemplo, um órgão como um banco central que regule e fiscalize a emissão e a circulação desses ativos. Dessa forma, os usuários possuem mais autonomia nas transações, que são realizadas sem intermediários. Em muitas situações, isso barateia os custos dessas transações.
Leia também: Token, criptomoeda e moeda fiduciária: qual a diferença?
Risco de fraudes
Ao mesmo tempo que a ausência de regulamentação pode ser uma vantagem, isso torna o investimento em criptomoedas bastante arriscado.
Pense no seguinte: se você tiver a sua conta corrente invadida por hackers, ou se o seu cartão de crédito for clonado, o banco ou a operadora do cartão se responsabilizarão pelo seu prejuízo. No entanto, se o mesmo acontecer com a sua conta na exchange, não haverá a quem recorrer para ressarcimento do prejuízo.
É por isso que, dependendo do volume do investimento, o aconselhável é utilizar as wallets (ou carteiras) de criptomoedas. No link abaixo, veja algumas dicas de segurança para guardar criptomoedas.
Onde guardar bitcoin? 4 lugares para armazenar suas criptomoedas
Descorrelação com o mercado
Diferentemente dos investimentos tradicionais, as criptomoedas não estão ligadas à “economia real”. Isso significa que elas não sofrem diretamente a influência de variáveis que afetam outros ativos financeiros, como taxa de juros, inflação ou nível de emprego, por exemplo.
Exceto no caso das stablecoins (criptomoedas lastreadas em moedas fiduciárias), inflação ou taxa de juros não afetam diretamente o valor desses criptoativos. Por isso, costuma-se dizer que esses ativos digitais são descorrelacionados do mercado.
Qual o momento certo de investir em criptomoedas
Conhecidas as características dos criptoativos, o próximo passo é observar o momento certo de investir.
Não há como saber quando (ou se) uma criptomoeda irá se desvalorizar, assim como é impossível ter certeza se ela já chegou ao topo de seu valor de mercado. Porém existe um movimento que acontece de tempos em tempos no mundo cripto e que leva à correção dos preços desses ativos. Esse movimento é chamado de inverno cripto que, como o nome sugere, corresponde à época mais fria de um ciclo no mercado dos criptoativos.
Historicamente, o mercado é feito de ciclos e, com as criptomoedas, isso não é diferente. Na economia, existem as fases de crescimento, estabilidade, crises financeiras que são sucedidas por novos ciclos de crescimento, e assim por diante. Com as criptomoedas, acontece o mesmo, embora por motivos diferentes (como vimos, esses ativos não têm correlação com a economia tradicional).
De forma geral, a expressão inverno cripto se aplica aos ciclos do bitcoin, mas a correção de preços pode ocorrer em qualquer criptoativo. No caso do bitcoin, o seu preço chega corrigir até 80% na média histórica.
A análise de alguns indicadores ajuda a estimar quando o inverno cripto pode estar se aproximando. Para isso, é preciso ter mais experiência e um conhecimento mais avançado sobre criptomoedas.
O Bernardo fez um material mostrando e explicando os principais indicadores que ele utiliza para avaliar se o inverno cripto pode estar se aproximando. Embora o assunto seja mais técnico, o vídeo abaixo está muito didático:
Inverno cripto: meus indicadores secretos do Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e outras criptomoedas
Como investir em criptomoedas?
Você pode investir diretamente em criptomoedas, abrindo conta em uma exchange e transacionando cada ativo individualmente. Ou pode adquirir ETFs de criptomoedas diretamente na bolsa de valores. Dê uma olhada no link abaixo e saiba mais a respeito!