Os fundos imobiliários (FIIs) já vinham sofrendo bastante por causa da pandemia. O fechamento de lajes corporativas e diversos outros estabelecimentos comerciais aumentaram muito a vacância dos empreendimentos, o que teve reflexos diretos no bolso do investidor.
Para completar o momento complicado, recentemente o governo enviou ao Congresso Nacional uma proposta que contém a tributação de dividendos dos FIIs, até então isentos de impostos.
E agora? Será que isso é o fim dos fundos imobiliários?
E aquele investidor que tinha interesse na renda passiva gerada pelos aluguéis, como fica a partir de agora? É sobre isso que o Bernardo vai falar nesse conteúdo. Então, se você gosta de fundos imobiliários, continue a leitura e confira!
Tributação de dividendos dos fundos imobiliários: como ficam os investimentos?
A proposta do governo federal prevê a tributação de 15% sobre os dividendos dos FIIs. Como já era esperado, logo após a divulgação da proposta, o mercado financeiro reagiu negativamente à taxação dos rendimentos.
Isso pode ser observado pela queda do IFIX, o índice de fundos imobiliários da nossa bolsa de valores. Após o envio da proposta ao Congresso, o IFIX chegou a cair 5%, tendo recuperado o desempenho depois que analistas manifestaram a crença de que não será fácil a aprovação dessa proposta.
Aqui no Yubb, a gente torce para que o mercado esteja certo e que, de fato, essa proposta não seja aprovada. Afinal, na nossa opinião, o ideal seria desonerar empresas e pessoas físicas ao invés de aumentar a carga tributária que, atualmente, já é bem elevada.
Na prática, qual o impacto que essa tributação causará aos fundos imobiliários?
Atualmente, um dos grandes atrativos para os investidores em fundos imobiliários é a ausência de tributação dos dividendos. Isso abrange desde os pequenos investidores, interessados em renda passiva, até grandes players do mercado que buscam diversificação do portfólio.
Inclusive, alguns especialistas apontam que o número de investidores em FII poderia em breve superar os investidores em ações na bolsa. Por sua vez, os fundos imobiliários têm sido um importante veículo de fomento ao mercado imobiliário do Brasil. É só você observar todos os segmentos nos quais os FIIs atuam: varejo, galpões logísticos, hotéis, hospitais, lajes corporativas, financeiro, residenciais, e assim por diante.
Portanto, se houver o risco de a tributação afastar os atuais investidores e impedir que novos ingressem nesse mercado, consequentemente haverá prejuízo para o desenvolvimento do setor imobiliário no Brasil. É importante lembrar que o setor imobiliário é responsável por grande parte dos empregos gerados na nossa economia. Logo, o desaquecimento desse segmento pode trazer sérios danos às finanças do país, já bem abaladas pela crise financeira acentuada pela pandemia.
E será que ainda faz sentido ter FIIs na carteira?
O Bernardo falou detalhadamente sobre isso no vídeo abaixo. Para saber a opinião dele sobre esse e outros assuntos relacionados ao futuro dos FIIs, clique no link e confira o conteúdo!