Muita gente já pensou em investir no exterior, mas teve dúvidas quanto à melhor forma (e mais segura) de se fazer isso. Se esse é o seu caso, saiba que existem diversas maneiras de diversificar a sua carteira em moeda estrangeira, e muitas delas não exigem que você tenha uma conta lá fora.
Pensando nisso, preparamos esse artigo com algumas dicas sobre investimentos em ativos internacionais. Além disso, falaremos também na importância de ter investimentos atrelados a moedas estrangeiras fortes. Continue a leitura e confira!
Afinal, por que investir no exterior?
Se você já investe, ou está começando no mundo dos investimentos, já deve saber algo sobre a importância de diversificar a sua carteira.
No entanto, muitas vezes os investidores se preocupam em alocar os seus recursos em diferentes modalidades nacionais. Dessa forma, acabam distribuindo o seu patrimônio entre CDBs, fundos de investimento ou ações, por exemplo, e esquecem que também é importante pensar na moeda estrangeira.
Isso porque, por mais diversificada que a carteira possa estar em moeda nacional, isso não diminui o risco-país. Ou seja, o patrimônio continua totalmente exposto às oscilações da economia nacional, o que representa um risco principalmente em momentos de crises econômicas locais.
Por isso, quando se fala em diversificação, é muito importante procurar investimentos atrelados a economias fortes. E não estamos falando só de Estados Unidos, mas também da Europa e, especialmente, da China, cujo mercado de capitais ainda é uma novidade para muitos.
Clique abaixo e assista ao vídeo do Bernardo com dicas sobre investimentos no mercado chinês.
E qual a melhor forma de investir no exterior?
Explicada a importância de investir no exterior, veremos agora algumas formas de como se pode fazer isso. Acompanhe!
1 – Abrir uma conta no exterior
Se você quiser investir diretamente no exterior, deverá abrir conta em uma corretora lá fora.
No caso dos Estados Unidos, existem dois tipos de corretoras: as diretas, que atendem diretamente os seus clientes, e as indiretas, que somente fazem a intermediação entre os clientes e outras corretoras.
Considerando a rapidez e a segurança, para quem mora no Brasil, a melhor opção são as corretoras diretas. Se você quer saber como abrir uma conta lá fora, dê uma olhada neste artigo.
2 – Fundos cambiais
Por outro lado, se você não quer se preocupar com burocracia e custos de remessa para o exterior, os fundos cambiais são uma das formas mais simples de investir em moeda estrangeira. Além disso, hoje em dia já existem muitos desses fundos com cotas bem acessíveis.
A principal característica de um fundo cambial é investir, pelo menos, 80% de seu patrimônio em ativos atrelados a moedas estrangeiras. Essas moedas podem ser dólar ou outras moedas fortes, a depender da escolha do gestor do fundo.
Outro ponto importante a entender é que, mesmo que o gestor aplique em ativos estrangeiros, tanto a aquisição das cotas quanto os resgates serão feitos em reais. Somente a rentabilidade do fundo cambial é que estará atrelada à moeda estrangeira
3 – BDRs
Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) também são uma boa opção para diversificar a carteira em moeda estrangeira.
Esses títulos representam ações de empresas norte-americanas, porém são negociados na bolsa brasileira e em reais. Quando adquire um BDR, o investidor passa a ter alguns direitos de sócios, como por exemplo o recebimento de dividendos, conforme a empresa.
Por causa do baixo volume de negociações (se comparados às ações, por exemplo), os BDRs ainda não têm uma boa liquidez na bolsa brasileira. Porém, a sua popularização ainda é recente e, por isso, espera-se que a procura por esses títulos cresça em pouco tempo.
Assim como as ações, é possível também alugar BDRs, o que torna muito mais em conta o investimento. Clique aqui e saiba mais sobre o aluguel de BDRs.
4 – ETFs
Outra forma ainda mais simples e barata de investir no exterior é por meio dos ETFs (Os Exchange Traded Funds). Também conhecidos como “fundos de índices”, o objetivo dos ETFs é replicar determinado indicador do mercado financeiro. No caso dos ativos internacionais, alguns ETFs replicam o S&P 500, por exemplo.
Uma das grandes vantagens dos ETFs é a gestão profissional do investimento. Da mesma forma que qualquer fundo de investimento, eles possuem um gestor responsável pela escolha e acompanhamento dos ativos do fundo. Desse modo, o ETF acaba sendo uma boa opção para quem é menos experiente e ainda precisa de mais segurança em relação às escolhas dos seus investimentos.
Outro ponto favorável dos ETFs é a acessibilidade, pois há fundos que exigem aportes iniciais bem acessíveis.
4 – COE
De todas as modalidades que vimos, talvez o COE (Certificado de Operações Estruturadas) seja ainda a menos conhecida. Afinal, ela foi regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) somente em 2015, e possui algumas peculiaridades, como o fato de mesclar renda fixa e variável.
Na prática, o COE é um título emitido por uma instituição financeira. Assim como o CDB, ele serve para captar recursos para essas instituições. A diferença é que o COE não é um único investimento, mas um conjunto de vários ativos. Entre esses ativos, podem estar alguns investimentos internacionais, por isso ele também é uma opção interessante de diversificação em moeda estrangeira.
Por ser um investimento menos conhecido, mas com bom potencial de rentabilidade, a gente recomenda que você dê uma olhada neste artigo que fizemos especialmente sobre COE.
E então? Quais dessas formas de investir em ativos internacionais lhe chamou mais atenção? Mande suas dúvidas ou comentários!