Se você acompanha o mundo cripto, certamente já ouviu falar muito sobre a principal criptomoeda e, possivelmente, sobre o seu suposto criador, Satoshi Nakamoto. Mas você sabe qual é a história do bitcoin?

Na verdade, o que não faltam são mistérios ao redor do BTC, a começar pela identidade de Satoshi. Nesse sentido, a hipótese mais aceita é de que esse seja um pseudônimo, e que diversos programadores anônimos estejam por trás do desenvolvimento da pioneira e mais importante criptomoeda do mundo.

Mas afinal, qual é a história do bitcoin?

Tudo começou em novembro de 2008, quando Satoshi Nakamoto publicou na internet um artigo que apresentava o bitcoin. O texto definia a criptomoeda simplesmente como um “sistema de dinheiro eletrônico, totalmente peer-to-peer”. Ou seja, sem a existência de alguma entidade que intermediasse as transações financeiras.

Nessa mesma publicação, Satoshi inseriu um link com o whitepaper da criptomoeda, o documento que funciona como um manual do criptoativo.

Esse documento, de nove páginas, continha os principais preceitos da criptomoeda, baseados principalmente em quatro pontos:

– não há possibilidade de gasto duplo, ou seja, de transacionar as mesmas criptomoedas mais de uma vez;

– os participantes da rede teriam o anonimato garantido;

– não haveria intermediários (transações P2P) e

– a criptomoeda seria gerada pelo processo de mineração.

Leia também: Como funciona a mineração de bitcoin? – Artigos – Yubb

Escassez do bitcoin

Outro ponto importante sobre o bitcoin diz respeito à quantidade limitada de sua emissão. No whitepaer, Satoshi Nakamoto também estipulou que a criptomoeda teria oferta finita. No total, somente 21 milhões de unidades do ativo serão minerados, e a estimativa é de que se alcance esse número até o ano 2140.

Para garantir a escassez do BTC, a cada quatro anos acontece um processo chamado halving, que reduz pela metade a quantidade de criptomoedas dentro de cada bloco. O último halving foi em 2020, e o próximo ocorrerá em 2024.

Clique abaixo, e entenda melhor como funciona esse processo que assegura a escassez do BTC.

Halving do bitcoin: o que é e como funciona? – Artigos – Yubb

Contexto da criação do bitcoin

Coincidência ou não, o whitepaper do bitcoin foi lançado pouco tempo depois do anúncio da falência do Lehman Brothers, um dos maiores bancos de investimento dos Estados Unidos. Para quem não lembra, a quebra do banco foi um dos marcos da crise do subprime, que começou no mercado imobiliário norte-americano e, em pouco tempo, atingiu quase todo o mundo.

Ainda hoje, muitos se questionam se o surgimento do BTC justamente naquela época não teria sido uma resposta à instabilidade financeira que havia no mercado mundial. Afinal, uma proposta de moeda independente e descentralizada, sem o controle dos governos, poderia ser vista como uma alternativa ao padrão monetário tradicional.

No entanto, o conceito de criptomoeda foi descrito bem antes da criação do BTC. Em 1998, o engenheiro da computação Wei Dai já havia feito menção a esse meio de pagamento descentralizado. Inclusive, o artigo de Dai foi citado no whitepaper por Satoshi.

Blockchain

Não há como falar sobre história do bitcoin sem mencionarmos a tecnologia blockchain, que está por trás do funcionamento da criptomoeda.

Basicamente, o blockchain funciona como uma rede de pontos (ou nós), na qual cada um registra todas as transações financeiras realizadas na rede. É dessa forma que a tecnologia consegue atuar de forma semelhante a um sistema financeiro, porém sem a necessidade de um órgão central que regule as transações.

Da mesma forma que um banco de dados, o blockchain armazena as informações de seus usuários. Porém, uma das diferenças é que esses dados não ficam guardados em um hardware, como no caso de um computador, mas sim espalhados por toda a internet.

Outra diferença é que, quando os dados são imputados no blockchain, eles não podem mais ser modificados, nem mesmo pelas pessoas envolvidas nas transações. É por isso que a tecnologia é considerada segura e que proporciona condições para criar um ativo de valor mundial – no caso, as criptomoedas.

Se você ainda tem dúvidas, e acha o conceito muito abstrato, pense no blockchain como um livro-caixa. Ou seja, ele recebe todos os registros das transações de criptomoedas, e disponibiliza acesso para qualquer pessoa consultar essas transações. No entanto, esse livro-caixa não tem um dono ou responsável por ele, pois está em toda a internet.

Como esses registros podem ser auditáveis a qualquer tempo, isso acaba dando transparência às transações. É dessa forma que funciona o blockchain, tecnologia que propicia o fluxo das criptomoedas nas redes.

Vantagens e desvantagens do bitcoin

A descentralização é uma das principais vantagens das criptomoedas, entre elas o bitcoin. Como vimos, as transações não necessitam de intermediários financeiros, pois são realizadas diretamente pelas partes. Outro ponto positivo é o fato de o BTC ser considerado um ativo deflacionário, ou seja, não sujeito à desvalorização por conta da inflação.

No entanto, é importante observar os riscos associados aos criptoativos. Nesse sentido, a falta de regulamentação acaba sendo um dos principais pois, no caso de o usuário sofrer alguma fraude, não há uma autoridade monetária que se responsabilize pelas perdas.

Outro fator de risco é a altíssima volatilidade desses ativos. Embora muitos utilizem o BTC como reserva de valor, as rápidas e intensas oscilações de preços podem comprometer a segurança dos investimentos.

No link abaixo, você encontra de forma mais detalhada as vantagens e desvantagens de investir em bitcoin. Clique e confira!

Vale a pena investir em bitcoin? – Artigos – Yubb