Conhecer os principais índices da bolsa é fundamental para quem já investe ou pensa em dar os primeiros passos no mercado de capitais. Ao entender o que cada indicador representa, você terá mais condições de avaliar e escolher os melhores investimentos.
Portanto, se você está em busca de mais conhecimento para diversificar seu patrimônio, continue a leitura e conheça alguns dos principais índices do mercado acionário brasileiro!
Índice Bovespa (Ibovespa)
Como não poderia deixar de ser, nossa lista começa pelo principal índice da bolsa brasileira. O Ibovespa representa ações das empresas mais relevantes listadas na B3. Ao todo, o volume de negociações dos títulos dessas empresas representa cerca de 80% do total da bolsa.
Para fazer parte do índice, as empresas devem ter participado de, ao menos, 95% dos pregões nos últimos 12 meses. Além disso, as ações não podem valer menos de um real, e devem estar entre os ativos que respondem por 85% de Índice de Negociabilidade (IN) no período de um ano. Outro critério é ter, ao menos, 0,1% do volume financeiro do mercado à vista nos últimos 12 meses. Por fim, empresas em recuperação judicial ou extrajudicial, com intervenção ou em regime especial de administração temporária também não podem participar do Ibovespa.
A cada quatro meses, é feita uma revisão do índice, para incluir ou excluir empresas, quando necessário.
Índice Brasil (IBrX)
Assim como o Ibovespa, o IBrX considera o volume de negociação e a liquidez das ações. Além disso, leva em conta também o valor de mercado das empresas. Logo, quanto maior o valor o seu valor de mercado, mais peso a companhia terá no IBrX.
IBrX-100 e IBrX-50
Ambos os índices são subdivisões do IBrX. Nesse caso, os números 100 e 50 se referem ao número de empresas que cada um representa, e essas empresas seguem critérios semelhantes aos do Ibovespa para seleção.
Índice Small Cap (SMLL)
Quando falamos em small caps, estamos nos referindo às empresas listadas na bolsa que possuem os menores valores de mercado e os menores volumes de negociação. Apesar do nome, não significa que essas companhias sejam pequenas. Elas somente são menos representativas do que as blue chips em relação ao valor de mercado e volume negociado no pregão.
Leia também: Small caps ou blue chips: em qual delas é melhor investir? (yubb.com.br)
Não há um limite de valores fixo para a classificação das small caps. De forma geral, empresas com capitalização de mercado de até R$ 2 bilhões são classificadas nessa categoria.
Diferentemente do Ibovespa, que reúne as gigantes da bolsa, o índice Small Cap é formado por ações e units das empresas de menor valor de mercado e volumes de negociação.
Índice Imobiliário (IMOB)
O IMOB é o índice que mostra a performance média das companhias do setor imobiliário listadas na B3. Basicamente, essas empresas atuam nos setores de construção civil, intermediação e exploração imobiliária.
A liquidez é o critério para que as ações participem desse índice. Nesse sentido, cada uma delas é ponderada na carteira pelo valor de mercado dos papéis que estão em circulação, limitada a 20% a participação de cada empresa no índice.
Índice de Governança Corporativa – Novo Mercado (IGC-NM)
Esse índice demonstra o desempenho médio das empresas com as melhores práticas de governança listadas na bolsa.
A governança corporativa abrange diferentes aspectos da gestão de uma empresa. Nesse sentido, equidade, transparência e responsabilidade corporativa são alguns dos critérios presentes nas empresas com bons níveis de governança.
O primeiro critério que uma empresa precisa atender para ser listada no índice é pertencer ao Novo Mercado da bolsa, que classifica as de melhor governança corporativa.
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Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)
O ISE acompanha o retorno das ações de companhias que se destacam em relação à sustentabilidade e responsabilidade social. Para que possa compor esse índice, a companhia deve estar entre as 200 de maior liquidez na B3. Além disso, precisará responder um questionário feito pela FGV que contempla sete dimensões: ambiental, social, governança corporativa, geral, saúde econômico-financeira, mudanças climáticas e natureza do portfólio.
Aproximadamente 40 companhias fazem parte do ISE, e a revisão do índice ocorre anualmente, sempre entre o final de novembro e início de dezembro.
Índice de Materiais Básicos (IMAT)
A indústria de materiais básicos é a que produz bens que são utilizados na produção dos outros setores da economia. Nesse sentido, o O IMAT visa medir o desempenho das ações das empresas que atuam nesse setor.
Além de pertencer ao setor de materiais básicos, para participar do IMAP a empresa precisa atender aos seguintes critérios:
– estar presente em 95% dos pregões na vigência das três carteiras anteriores e
– estar entre as ações que, no somatório das 3 últimas carteiras, representam 99% desses indicadores.
Índice de Dividendos (IDIV)
O IDIV contempla as companhias que são referência no pagamento de dividendos aos acionistas. As empresas que formam o índice devem estar entre as 99% mais negociadas nos pregões das três últimas carteiras e em 95% dos pregões do último semestre.
Além disso, as companhias precisam estar entre os 33% maiores dividend yield (DY) dos últimos 36 meses, e a soma dos DY de cada 12 meses precisa ser superior a zero nos últimos três anos.
Por fim, para compor o IDIV, as companhias não podem estar em processo recuperação judicial ou extrajudicial, ou sob intervenção ou regime especial de administração.
Índice de Consumo (ICON)
O ICON reúne as principais empresas dos setores de consumo listadas na bolsa. Esse consumo inclui o cíclico, não cíclico, de saúde e de educação. A exemplo do Ibovespa e do IDIV, para participar do ICON as empresas não podem estar em recuperação judicial ou extrajudicial, nem sob intervenção ou regime especial de administração.
Os setores que o ICON representa – consumo amplo, saúde e educação – são muito importantes para a economia brasileira. Por isso a relevância desse índice no mercado de capitais.
Para saber mais sobre os setores da bolsa, clique nos links abaixo!
Setores da bolsa: quais são os principais? – Artigos – Yubb
Setores defensivos de ações: o que são e qual a sua importância para a carteira? – Artigos – Yubb