Se você está começando a investir e quer montar uma carteira de renda fixa, possivelmente esteja em dúvida sobre prefixado e pós-fixado. Afinal, com a queda da Selic, como saber qual a melhor alternativa para rentabilizar o seu dinheiro, não é mesmo?
Para lhe ajudar, preparamos este artigo com as principais características da renda fixa pré e pós-fixada. Siga a leitura, e descubra o que é mais vantajoso para você!
Prefixado ou pós-fixado? Qual escolher?
Para que você possa escolher entre prefixado ou pós-fixado, é importante entender antes o conceito de renda fixa.
Como o próprio nome sugere, investimentos de renda fixa são aqueles cuja rentabilidade já é conhecida ou pode ser prevista no momento da aplicação. É o oposto da renda variável (como ações, por exemplo), pois, nesse caso, além de não ser possível definir os ganhos, o investimento pode também sofrer prejuízos.
Por causa da sua previsibilidade, os investimentos em renda fixa são os ideais para a formação da reserva de emergência. A única exceção é a poupança, pois sua rentabilidade já deixou de ser atrativa há tempos.
Neste artigo, entenda por que fugir da poupança.
Outra vantagem da renda fixa é que a maioria dos investimentos são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Isso faz com que as aplicações tenham menor risco se comparadas à renda variável.
Agora que sabemos o que é renda fixa, vejamos quais as diferenças entre a prefixada e a pós-fixada.
Renda fixa prefixada
Essa modalidade é a mais simples e fácil de entender. Quando você faz uma aplicação prefixada (como um CDB, por exemplo), já sabe qual a taxa de juros que irá remunerar o investimento durante todo o período.
Digamos que você tenha adquirido um CDB que rende 2% ao ano. Independentemente de qualquer variação da Selic durante o ano, o seu dinheiro irá render os mesmos 2% ao ano durante todo o tempo em que estiver aplicado.
A grande vantagem da renda fixa prefixada é a previsibilidade, já que a rentabilidade será a mesma mesmo se os juros caírem ou subirem.
Além do CDB, outros exemplos de investimentos de renda fixa que podem ser prefixados são as letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA), debêntures, letras de câmbio (LC) e tesouro direto.
Renda fixa pós-fixada
Já na renda fixa pós-fixada não é possível saber antecipadamente quanto a aplicação irá render durante o período contratado. Isso porque a remuneração dessa modalidade é atrelada a alguma taxa (Selic ou CDI) ou índice (normalmente IPCA, o índice da inflação oficial do Brasil).
A renda fixa pós-fixada é considerada mais conservadora e defensiva do que a prefixada. Ou seja, se você investe em um CDB atrelado ao CDI, terá a garantia de que o seu dinheiro acompanhará exatamente a variação da taxa de juros.
O mesmo vale para um título do tesouro atrelado ao IPCA. Nesse caso, se houver alta na inflação, o seu dinheiro não perderá valor, pois será corrigido pelo índice oficial que mede a evolução dos preços.
Vale dizer que as mesmas modalidades de renda fixa prefixada que vimos anteriormente também possuem versões pós-fixadas.
E o que é melhor? Renda fixa prefixada ou pós-fixada?
Não existe uma resposta única para essa pergunta. Para escolher a modalidade mais adequada para a sua carteira, é preciso analisar diversos fatores. Vejamos os principais:
Perfil de investidor
A análise do perfil de investidor mostrará qual o grau de risco que você está disposto a correr para rentabilizar o seu patrimônio.
Diferentemente do que muitos pensam, nem todos os investimentos em renda fixa possuem baixo risco ou têm a garantia do FGC. Alguns exemplos são as debêntures e os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC). Apesar de apresentarem mais risco, ambas podem oferecer rentabilidade superior à média dos títulos de renda fixa.
O FIDC ainda é uma modalidade pouco conhecida entre os investidores brasileiros. Neste artigo, entenda como funcionam esses fundos:
Haverá sempre uma modalidade mais adequada para perfis mais conservadores, moderados ou agressivos. Por isso, é importante que você avalie e revise o seu perfil de investidor de tempos em tempos.
Tendência dos juros
Outro fator importante a avaliar é o momento atual da economia.
Quando a inflação está em alta, a tendência é de que a Selic também suba. Isso ocorre porque ela é um instrumento utilizado pelo país para conter a alta dos preços.
Em outras palavras, quando os preços estão em alta, o governo sobe a taxa de juros para tentar conter o consumo. Com o dinheiro mais caro, a tendência é de que as pessoas consumam menos e os preços voltem a cair.
Neste artigo, entenda melhor como a taxa Selic afeta a economia:
Nessa situação, quando a Selic está em alta, é mais interessante investir no pós-fixado. Dessa forma, o rendimento da sua aplicação acompanhará o movimento da taxa de juros.
Por outro lado, em momentos de queda de juros, o oposto é o mais adequado. Dessa forma, você consegue garantir uma taxa prefixada mais alta para a sua aplicação em meio à queda dos indexadores, o que lhe proporcionará um melhor rendimento.
Diversificação da carteira
Por fim, para fazer uma boa escolha, leve em conta também a importância da diversificação dos seus investimentos. Veja o quanto você já tem em modalidades pré e pós-fixadas e analise a tendência do mercado, para saber se não seria o caso de distribuir os seus recursos entre as duas formas de renda fixa.
E então? Deu para entender quando escolher prefixado ou pós-fixado? Gostaria de saber mais sobre renda fixa ou outros investimentos? Mande seus comentários que responderemos!