Certamente, você já ouviu falar sobre o Open Banking, o sistema bancário aberto que funciona no Brasil desde fevereiro de 2021. Mas agora, o Open Banking virou Open Finance, e isso promete revolucionar a forma de oferecer serviços financeiros de forma geral.
Que tal saber mais a respeito? Então, continue a leitura e confira as vantagens que esse novo sistema pode oferecer!
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O que é o Open Finance?
Podemos dizer que o Open Finance é a evolução do Open Banking. Como o nome diz, trata-se de um sistema financeiro aberto, que não inclui mais somente instituições financeiras, mas também outras empresas que podem oferecer serviços financeiros à população.
Para entendermos melhor essa evolução, vamos relembrar as fases do Open Banking a seguir.
Fases do Open Banking
Desde o início, o Open Banking já previa que a sua implantação aconteceria em quatro fases. A seguir, entenda o que aconteceu em cada uma delas:
– Fase 1 (início em 01/02/2021): nesse momento, as instituições financeiras participantes do sistema compartilharam entre si dados como produtos, taxas, horários de funcionamento e canais de atendimento.
– Fase 2 (início em 13/08/2021): já nessa fase, houve o compartilhamento de dados pessoais dos clientes, mediante autorização prévia dos mesmos.
– Fase 3 (início em 29/10/2021): na terceira fase, os dados compartilhados dos clientes passaram a incluir transações de pagamentos e propostas de avaliação de crédito.
– Fase 4 (início em 15/12/2021): por fim, essa é a fase na qual o Open Banking vira Open Finance. Agora, a gama de dados compartilhados passou a ser maior, pois passou a abranger outros serviços financeiros, como câmbio, investimentos, seguro e previdência privada.
Na prática, o Open Finance abriu a possibilidade para que outras instituições além dos bancos possam participar do sistema de compartilhamento de informações. Entre as novas participantes, estão seguradoras, corretoras de investimentos, casas de câmbio, cooperativas de crédito, casas de análise, fundos de previdência privada, apps de gestão financeira, e assim por diante.
Dessa forma, as pessoas podem ter acesso a um leque muito maior de serviços financeiros. Para os clientes, isso representa serviços cada vez mais personalizados e adaptados às necessidades de cada um.
Implantação e regulamentação do Open Finance
Quem supervisiona e fiscaliza o Open Banking e o Open Finance é o Banco Central (BC). Por isso, todas as instituições que participam desse ecossistema estão submetidas às regras que a autarquia criou para os serviços.
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De forma geral, essas regras dizem respeito às responsabilidades pelo compartilhamento das informações. Obrigatoriamente, esse processo de compartilhamento deve obedecer às seguintes etapas:
– Autorização: é o momento inicial, quando o cliente informa ao banco que deseja ter os seus dados compartilhados. Nesse sentido, o cliente determina também quais dados deseja compartilhar, com quais instituições e por quanto tempo eles estarão disponíveis no sistema.
– Confirmação: depois de informar ao banco o desejo de participar do Open Finance, o cliente deverá acessar a su conta com login e senha. Dessa forma, ele executa o procedimento de confirmação.
– Efetivação: por fim, depois da confirmação do compartilhamento, a instituição financeira que recebeu os dados receberá essa informação. Assim, os dados passam a ficar disponíveis no sistema de acordo com o que foi autorizado.
Outra responsabilidade dos participantes do sistema é em relação à tecnologia necessária ao funcionamento do ecossistema. Nesse sentido, essas instituições deverão propor ao BC padrões tecnológicos em linha com a segurança necessária a esse serviço. Tudo isso para que, em meio ao compartilhamento, os clientes tenham respeitada a sua privacidade, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Vantagens e desvantagens do Open Finance
A desvantagem que podemos apontar nesse sistema é a exposição dos dados pessoais dos clientes. Mesmo com a tecnologia avançada, sabemos que sempre existe o risco de esses dados caiam em mãos erradas. Por isso, é cada vez mais importante tomar cuidado com quaisquer indícios de fraudes ou golpes, tão comuns na internet hoje em dia.
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Exceto pelo risco de exposição de dados, os clientes só têm a ganhar com o Open Finance. Como vimos, o sistema possibilitará que os dados sejam compartilhados com qualquer instituição participante. Dessa forma, o cliente terá muito mais liberdade de migrar para empresas diferentes se assim desejar. Isso faz com que ele consiga escolher entre as melhores opções disponíveis.
Por outro lado, com o compartilhamento de dados, as empresas conseguirão oferecer serviços mais customizados. Ao conhecer o histórico do cliente, fica muito mais fácil oferecer o produto mais adequado para o momento de vida e situação financeira de cada um. Isso amplia o público-alvo dos serviços financeiros, pois o sistema se torna mais democrático e alcança inclusive quem não tinha acesso a bancos.
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Com mais empresas participando do sistema, as chances de fintechs desenvolverem mais parcerias para ofertar novas tecnologias também aumentam. Isso beneficia tanto os clientes – que terão mais serviços à disposição – quanto a economia, que terá um impulso com novos serviços sendo consumidos.
E você, já aderiu ao Open Finance? Está convencido de suas vantagens, ou ainda tem algum receio ou dúvidas a respeito do sistema financeiro aberto? Mande para nós os seus comentários!