O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu baixar a taxa SELIC de 6,5% para 6% ao ano no dia 31 de julho de 2019. A previsão é de que aconteçam mais cortes até o final do ano. Mas, e agora, onde investir com a SELIC baixa?
O Brasil possui um histórico de taxas muito altas. Em 2016, por exemplo, a SELIC chegou ao patamar de 14,25% ao ano. Isso significa que, se você deixasse o seu dinheiro no Tesouro SELIC, ele renderia 14,25% ao ano.
E, se procurasse melhor, dava para encontrar CDBs com a garantia do FGC que rendiam 16% ao ano. Era o paraíso da renda fixa, né?
Hoje, esse cenário mudou.
Desde o início de 2017, a taxa básica de juros vem sofrendo cortes e, atualmente, ela está em seu menor nível histórico: 6% ao ano. Se você investir no Tesouro SELIC, seu investimento renderá apenas 6% ao ano.
Como o brasileiro está acostumado com altas taxas em renda fixa, surgem muitas dúvidas sobre onde investir com a SELIC baixa. É nisso que eu vou te ajudar neste post!
A renda fixa morreu?
Se você acompanha o Yubb, viu que nós lançamos uma série de vídeos chamada A Morte da Renda Fixa. Nessa série, nós falamos sobre a morte das altas taxas de rentabilidade na renda fixa.
Quando a SELIC estava no patamar de 14%, era fácil encontrar títulos prefixados que pagavam até 18% ao ano. Para um investimento seguro, é uma taxa altíssima!
O próprio Tesouro SELIC, investimento mais seguro do Brasil, garantia os 14% ao ano – já que a rentabilidade acompanha a taxa básica de juros.
Hoje, muita gente procura onde investir com a SELIC baixa, já que essas altas taxas de rentabilidade não existem mais.
Sim, a renda fixa que nós conhecíamos morreu! Mas é importante dizer que ela NÃO MORREU para a sua reserva de emergência.
Os títulos de renda fixa (Tesouro Direto, CDBs, LCIs, LCAs e etc) sempre serão boas oportunidades para quem está buscando um investimento seguro.
A rentabilidade pode estar baixa, mas é sempre importante considerar investimentos em renda fixa se você for:
- um investidor conservador;
- um investidor que está começando agora;
- um investidor que vai criar a reserva de emergência.
Para esses fins, a renda fixa NUNCA vai morrer.
Agora, vamos para o que interessa! Confira abaixo três investimentos para você aplicar o seu dinheiro em tempos de SELIC baixa.
+ Quero investir em renda fixa
Fundos de investimento
Os fundos de investimento não são um produto, são um serviço. Você, investidor, ao comprar uma cota de um fundo, se torna sócio daquele fundo e passa a participar daquele “condomínio” de recursos.
Isso significa que, ao investir em um fundo, você está dando o seu dinheiro para o gestor investir. É o gestor que decide para onde vai o dinheiro dos cotistas (investidores) de acordo com a política do fundo.
Com a SELIC baixa, os fundos podem ser boas opções para quem quer obter mais rentabilidade. Como os gestores e suas equipes são profissionais da área, buscam os maiores rendimentos do mercado.
Como a renda fixa não oferece mais rentabilidades tão boas, o ideal é ficar de olho em, principalmente, dois tipos de fundos:
- Fundo de ações (FIA): são fundos que investem, pelo menos, 67% do seu patrimônio em ações. Os gestores dos FIAs escolhem as melhores ações do mercado para os cotistas com o objetivo de encontrar a melhor rentabilidade.
- Fundo imobiliário (FII): são fundos que investem em imóveis. Diferente dos outros fundos, os FIIs são negociados na bolsa de valores e possuem uma volatilidade alta. Com o aquecimento do mercado imobiliário, pode ser uma boa oportunidade.
+ Quero investir em fundos de investimento
ETFs
ETF significa Exchange Traded Funds e, em português, fundo de índice. Os ETFs são investimentos negociados na bolsa de valores, ou seja, você deve comprar pelo home broker da sua corretora.
Os ETFs são fundos que replicam algum índice. O Ibovespa, por exemplo, é um índice composto pelas empresas mais negociadas na bolsa de valores brasileira. Se você quiser investir no Ibovespa, deve comprar um ETF que replique o Ibovespa.
Dessa forma, ao comprar o ETF, você está comprando exatamente a mesma composição daquele índice. No caso do Ibovespa, existe o BOVA11, BOVV11 e outros.
Os ETFs, de um modo geral, podem ser boas opções com a SELIC baixa. Como os investimentos de renda variável tendem a ter rentabilidades melhores, os ETFs que acompanham esses índices podem ter bons resultados nos próximos meses.
Ações
Por último, mas não menos importante, as ações. Você não achou que eu ia falar sobre bons investimentos e não ia citá-las, né?
Com a SELIC baixa, existe uma grande expectativa em cima da bolsa de valores. Nas últimas semanas, a bolsa vem batendo recorde de pontos e as ações das empresas vêm se valorizando.
Se você não sabe, uma ação é uma pequena parcela de uma empresa. Ao comprar uma ação, você está comprando parte daquela empresa e se tornando sócio da companhia.
Os economistas projetam, para os próximos meses, uma grande melhora na economia brasileira e, consequentemente, nas empresas brasileiras. Por isso, comprar ações pode ser uma boa oportunidade nesse cenário.
Sempre importante lembrar que ações são investimentos para o longo prazo. Especular e seguir tendências de mercado pode ser algo muito perigoso para quem não possui experiência.
A dica é sempre focar na estratégia de buy and hold, ou seja, comprar uma ação e segurá-la por muitos e muitos anos – com o objetivo de ganhar dinheiro na valorização daquela empresa no longo prazo.
Se você não sabe como escolher as melhores ações, nós temos uma série de vídeos sobre o assunto que pode te ajudar. Clique aqui e assista!
Conclusão
Para concluir, é importante lembrar que os fundos de investimentos, os ETFs e as ações NÃO possuem nenhum tipo de garantia e são investimentos mais arriscados.
Se você busca rentabilidade e aceita correr riscos, são ótimas opções para investir com a SELIC baixa. Caso contrário, procure investimentos que se adequem ao seu perfil de investidor. 😉