Cada vez mais, o mercado de fan token tem crescido ao redor do mundo. Grandes clubes do futebol europeu como Milan, Barcelona e Juventus, por exemplo, já lançaram os seus próprios ativos digitais.

E, no Brasil, times como Atlético Mineiro, Corinthians, Flamengo e Internacional também já aderiram a essa nova forma de fidelização dos torcedores.

Mas não é só no futebol que essa novidade tem ganhado força e visibilidade: a Fórmula 1 também está animada com a tecnologia. Nesse sentido, pelo menos duas equipes do grid atual – Alfa Romeo e Aston Martin – lançaram as suas moedas digitais em 2021.

Mas afinal, o que é um fan token? E por que o interesse de esportes bilionários nesses ativos? Para saber mais sobre o assunto, continue a leitura a seguir!

Afinal, o que é um fan token?

Para entendermos, primeiramente precisamos saber o que é e para que serve um token.

Basicamente, os tokens são ativos digitais criados em uma rede blockchain que já existe e está em operação. Diferentemente das criptomoedas, possuem arquitetura de sistema relativamente simples e, por isso, conseguem rodar em diferentes plataformas. De forma geral, o padrão de programação dos fan tokens é o ERC-20, o mesmo que roda na rede Ethereum, que é a mais utilizada entre todas as altcoins.

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Para que servem esses ativos?

No mundo dos criptoativos, um token serve para representar algum ativo que possua valor de mercado. Por sua vez, esse ativo pode ser uma obra de arte, uma propriedade, uma música e, até mesmo, a participação em um clube de futebol ou em uma equipe da Fórmula 1 como associado. Em outras palavras, um token é a representação digital de algum bem.

Se inserirmos um token em uma rede blockchain, ele também funcionará como criptoativo, como um tipo de contrato que transfere a posse de algum ativo para o seu detentor.     

Os fan tokens estão dentro da categoria de utility token (ou “tokens de utilidade”). Eles são chamados assim por concederem aos seus detentores determinadas vantagens. No caso dos clubes esportivos, quem possui um fan token pode, por exemplo, receber descontos nos ingressos e prêmios. Além disso, também podem participar de decisões do clube, como escolher a nova camisa do time, a pintura do ônibus, a música que toca no estádio, e assim por diante.

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Quem é sócio de um time de futebol, sabe que a forma de identificação do associado é a carteirinha. Para ter essa carteirinha, é preciso pagar uma mensalidade, que dá direito a descontos nos jogos e vários outros benefícios. É justamente aí que está o diferencial do fan token: com ele, o associado ganha mais benefícios do que os tradicionais, o que aumenta o seu engajamento na vida do time.

Outra característica dos fan tokens é o fato de que, diferentemente da forma de associação tradicional, não é preciso pagar mensalidade para mantê-los. Além disso, esses ativos podem ter expressiva valorização com o tempo. E, também, podem perder valor, dada a volatilidade dos criptoativos.

Como surgiram os fan tokens

Os fan tokens foram lançados no mercado pela plataforma Socios.com. As primeiras parcerias da plataforma foram firmadas com os grandes times europeus que deram início ao projeto.

Com o passar do tempo, os fan tokens foram caindo no gosto dos torcedores e de investidores do mercado cripto. Por isso, essa tecnologia vem sendo cada vez mais utilizada, inclusive no Brasil. Por aqui, o primeiro clube que lançou um fan token foi o Atlético Mineiro (GALO), em uma venda inicial de 850 mil unidades, que gerou quase US$ 2 milhões.

Logo depois, o Corinthians lançou o seu ativo digital, em setembro de 2021. Três meses depois, foi a vez do Internacional lançar o $SACI, por dois dólares cada.

Fan tokens e criptomoedas são a mesma coisa?

Embora ambos sejam ativos digitais, fan tokens e criptomoedas não possuem exatamente as mesmas características.

Nesse sentido, a principal diferença entre ambos é que o objetivo principal do fan token não é a sua valorização, e sim conceder vantagens aos seus usuários. É claro que o ativo pode se valorizar, mas esse não é o principal motivo pelo qual é negociado entre os seus detentores.

Em relação ao lançamento do fan token, cada clube determina o preço e quantidade iniciais, as promoções e as funcionalidades que serão disponibilizadas a quem o adquirir. Outra peculiaridade desses tokens em relação a outros criptoativos é a janela de tempo de negociação. Como já possuem um objetivo específico, normalmente os clubes trabalham com um período curto de negociações. Por exemplo, alguns clubes disponibilizam o ativo para aquisição por somente algumas horas.

Em que outros mercados o fan token é utilizado?

Além do futebol e da Fórmula 1, algumas organizações internacionais de MMA, como a PFL (Professional Fighters Leage) e a UFC (Ultimate Fight Championship) têm demonstrado interesse nesses ativos. A PFL, por exemplo, lançou o seu fan token em março de 2021. Poucos meses depois, foi a vez da UFC, ambos por 2 euros.

Vale a pena investir em fan token?

Como vimos, o principal objetivo de um fan token não é a sua valorização, e sim a funcionalidade que proporciona ao seu detentor. Ou seja, não dá para ver esse ativo como uma criptomoeda, criada principalmente para ser uma reserva de valor.

Ou seja, quem investe em um fan token deve ter como o objetivo o acesso a alguns privilégios junto ao seu time. Lembrando sempre que, embora a valorização seja secundária nesse tipo de criptoativo, ela é perfeitamente factível. Quanto mais torcedores aderirem à tecnologia, mais o ecossistema crescerá e maior será a demanda pelo token. Consequentemente, maior será o seu potencial de valorização.

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