O Exchange Traded Fund (ou simplesmente ETF) é um tipo de fundo de investimento muito interessante para quem busca diversificar a carteira.

Também conhecido como “fundo de índice”, o objetivo do ETF é replicar determinado índice do mercado financeiro. A seguir, conheça melhor esses fundos, e descubra se vale a pena investir em ETFs!

Para começar, o que é ETF?

Como vimos, os ETFs são também chamados de fundos de índices. Isso porque o objetivo desse investimento é, basicamente, replicar determinado índice do mercado financeiro.

Por exemplo, há ETFs que seguem o Ibovespa. Logo, pode-se esperar que esses fundos tenham desempenho semelhante ao principal índice da nossa bolsa de valores. Ou seja, se o Ibovespa subir, o mesmo acontecerá com a rentabilidade do ETF.

Clique aqui e veja quais são os ETFs que replicam o Ibovespa.

Há também ETFs que buscam acompanhar índices como o S&P 500, indicador que representa as 500 maiores empresas dos EUA em valor de mercado.

Veja quais são os ETFs brasileiros que investem no S&P 500.

Para compreendermos o por que da estratégia do ETF, é interessante conhecermos a sua origem. Veja a seguir como e por quais motivos esses fundos foram criados.

Origem do ETF

O criador do primeiro ETF foi John Bogle, um dos maiores investidores norte-americanos de todos os tempos. O principal objetivo de Bogle era reduzir os custos dos investimentos, a fim de que mais pessoas pudessem ter acesso ao mercado financeiro.

E como Bogle fez isso? Basicamente, criando um investimento com taxas menores do que os fundos de gestão ativa. Na opinião do investidor, as taxas cobradas pelos gestores não traziam um resultado que compensasse os seus valores. Por isso, segundo Bogle, vale mais a pena pagar menos por um investimento que procure seguir o mercado do que arcar com altas taxas de gestão de fundos que buscam superar um benchmark.

Saiba mais sobre as regras básicas de investimentos de John Bogle neste artigo.

Vale a pena investir em ETFs?

Para responder a essa pergunta, é preciso conhecer e avaliar as características do investimento.

Os ETFs proporcionam uma boa diversificação para a carteira. Assim como outros fundos de investimento, eles são formados por diversos ativos escolhidos pelo gestor. Dessa forma, ao adquirir cotas de um ETF, é como se o investidor estivesse aplicando os seus recursos em diversas categorias diferentes de ativos.

É importante lembrar que essa diversificação também engloba ativos internacionais. Dependendo do ETF, é possível atrelar parte dos rendimentos à variação cambial sem precisar mandar dinheiro para o exterior para investir, o que economiza em taxas de câmbio e impostos na remessa de recursos.

Além disso, hoje em dia esses fundos estão mais acessíveis para os investidores. Isso porque, em setembro de 2020, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) reduziu o lote mínimo exigido para negociação, que passou de dez para uma unidade, o que barateou o investimento.

Por outro lado, a negociação dos ETFs na bolsa ainda é baixa se comparada a outros ativos, como ações por exemplo. Por isso, esses investimentos têm liquidez reduzida, ou seja, nem sempre é fácil vender as suas cotas no mercado.

Outra desvantagem dos ETFs quando comparados às ações é o sistema de tributação. Isso porque nesses fundos não há isenção de imposto de renda para vendas abaixo de R$ 20 mil no mês. Em relação ao IR, a alíquota dos fundos de índices é de 15% sobre o ganho da operação.

Neste artigo, entenda como funciona o imposto de renda nos ETFs.

ETFs e fundos de ações: entenda a diferença

Muitas pessoas confundem ETFS e fundos de ações, porém são investimentos bem diferentes.

A principal diferença entre os dois fundos está na escolha dos ativos e na estratégia do gestor. Isso porque os ETFs são fundos de gestão passiva, ou seja, eles buscam acompanhar determinado índice financeiro. Dessa forma, o trabalho do gestor será, basicamente, escolher ativos que cumpram esse papel.

Por sua vez, nos fundos de ações a estratégia é ativa. Nesses investimentos, há uma preocupação do gestor em escolher ações que apresentarão bons desempenhos, conforme as perspectivas que o mercado tem para a economia.

Normalmente, a boa performance de um fundo de ações está diretamente relacionada à qualidade dos títulos escolhidos pelo gestor. Veja que, nesse caso, há um trabalho de pesquisa baseado em análise financeira e de desempenho da economia, bem mais elaborado do que na composição dos ETFs.

Outra diferença entre os dois investimentos é a forma de negociação das suas cotas. Enquanto um fundo de ações pode ser negociado diretamente com as instituições financeiras, os ETFs só podem ser adquiridos nos pregões da bolsa de valores. Além disso, a negociação dos fundos de índices precisa sempre da intermediação de uma corretora.

Considerações finais

O ETF é uma boa alternativa para quem quer diversificar a carteira de forma simples e acessível. Além disso, como todos os outros fundos de investimento, conta com uma gestão profissional, o que dá mais insegurança principalmente para quem está começando a investir.

Outra vantagem é o baixo custo comparado a outros fundos de investimentos, em função da gestão passiva. Além disso, hoje já é possível encontrar cotas de ETFs bem acessíveis na bolsa de valores, o que também ajuda a popularizar o investimento.

Por fim, para investir em ETFs, basta ter conta em uma corretora de investimentos. Pelo próprio home broker da corretora você pode pesquisar os ETFs, selecionar os títulos que lhe interessam e efetuar a compra. Simples assim!

Deu para entender o que é e como funciona o ETF? Se tiver alguma dúvida, é só mandar aqui os seus comentários!