A bolsa de valores oferece diferentes oportunidades para quem deseja investir em renda variável. Por exemplo, no caso das ações, há estratégias para quem tem o objetivo de ser sócio das empresas por muito tempo e ver o investimento rentabilizar no longo prazo (buy and hold), assim como para os que buscam ganhos no curto e curtíssimo prazo (day trade e swing trade).

É justamente sobre isso que falaremos neste conteúdo. Portanto, se você quiser entender mais sobre essas estratégias e saber qual a mais adequada para os seus objetivos, continue a leitura a seguir!

Hold ou trade: saiba mais sobre as diferentes estratégias para investir em ações

Devido ao ciclo econômico das empresas, os investimentos em ações têm características de longo prazo. Isso porque é preciso tempo para que os seus projetos maturem e passem a gerar resultados para os acionistas. Além disso, não se pode esquecer que diversas variáveis macroeconômicas (como PIB, taxa de juros, inflação, entre outras) também influenciam nos resultados das organizações, e que os seus reflexos podem durar bastante tempo.

No entanto, existem estratégias que proporcionam chances de ganhos no curto prazo com ações: o day trade e o swing trade, conforme veremos a seguir.

Day trade

O day trade é uma estratégia de investimento em ações com foco no curtíssimo prazo. Nesse caso, as operações começam e terminam no mesmo dia, pois o trader compra as ações no melhor momento possível (quando os preços estão em baixa) e as vende na alta do pregão.

Essa técnica é bastante arrojada, e exige muita experiência e conhecimento do trader. Isso porque um movimento errado ou fora do tempo pode trazer grandes perdas à carteira. Por isso, além de técnica e experiência, é preciso ficar de olho no mercado durante todo o pregão, com muita atenção.

Uma importante ferramenta para quem faz day trade é a análise técnica de ações. Essa metodologia se baseia no comportamento passado dos preços dos ativos, para estabelecer padrões e possíveis direções para o futuro.

Por exemplo, indicadores como Keltner Channels e Bandas de Bollinger ajudam a identificar a volatilidade dos ativos. Em outras palavras, eles mostram o quanto os preços de uma ação variaram em relação à sua média em um período determinado. Essa informação é um importante auxílio para que o trader possa definir quais os melhores momentos para comprar ou vender o título.

Há também outros indicadores técnicos, como suporte e resistência, médias móveis, índice de força relativa (IFR), e assim por diante. Ao demonstrarem aspectos diferentes, todos eles são importantes para a tomada de decisão do trader.

Swing trade

Da mesma forma que o day trade, o swing trade também tem foco nos resultados de curto prazo. Porém, nesse tipo de estratégia, as negociações acontecem em um prazo mais estendido, pois aqui os traders “dormem com as ações”, chegando a ficar elas por alguns dias, ou mesmo semanas.

Em relação às ferramentas, o swing trade também utiliza os indicadores da análise técnica para avaliar e selecionar as ações. Porém, ele tem mais tempo para aproveitar a volatilidade dos títulos e tentar alcançar o lucro desejado. Logo, para quem deseja operar no curto prazo e não tem condições de acompanhar o mercado o dia inteiro, essa estratégia passa a fazer mais sentido.

Outro ponto importante é que, como tem mais tempo entre as operações, no swing trade o trader pode acompanhar melhor os acontecimentos do cenário econômico. Dependendo do caso, pode rever a sua estratégia se isso for necessário.

Buy and hold

Por fim, o buy and hold é a clássica e mais tradicional estratégia de investimentos em ações, pois é totalmente voltada ao longo prazo.

Na tradução literal, a expressão significa “comprar e segurar”. Ou seja, quem é holder tem o objetivo de permanecer com a ação por muito tempo, para que possa vê-la dar resultados ao longo dos anos.

Por isso, a sua análise não é baseada em indicadores técnicos, que analisam as oscilações dos preços dos títulos. Em vez disso, o holder buscará apoio nos indicadores da análise fundamentalista, que avaliam aspectos da empresa como saúde financeira, geração de resultado, distribuição de dividendos, e por aí vai.

Por exemplo, a análise fundamentalista busca responder perguntas do tipo: as vendas da empresa estão crescendo ou diminuindo? Ela está gerando lucro ou prejuízo? Possui uma boa geração de caixa, ou precisa se endividar para dar conta da operação? Como é a sua imagem perante os clientes e à sociedade? Questões como essas são o foco do holder na hora de escolher suas ações.

Afinal, é melhor ser holder ou trader?

Na verdade, tudo vai depender do perfil e dos objetivos financeiros de cada investidor. Para quem deseja obter resultados no curto ou curtíssimo prazo, o day trade e swing trade fazem mais sentido como estratégia de investimento. Lembrando que ambos necessitam de acompanhamento frequente do mercado e de conhecimentos técnicos bem específicos.

Por outro lado, se o propósito do investimento for se tornar sócio da empresa e acompanhar a sua evolução ao longo dos anos, ser holder é a melhor alternativa. Inclusive, essa é a estratégia de quem visa também receber dividendos e obter renda passiva com investimentos.

Mas você não precisa, necessariamente, optar por uma estratégia e excluir totalmente a outra. Dependendo de sua tolerância ao risco, utilizar as duas pode ser uma boa forma de diversificar a carteira e aumentar as suas chances de ganhos.

Independentemente da estratégia que você adotar, o mais importante é ter segurança na hora de investir. Para isso, é fundamental buscar conhecimento e estar sempre por dentro dos principais acontecimentos da economia e do mercado financeiro.

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