Depois de alguns meses de atraso, o hard fork Vasil – atualização da Cardano (ADA) – foi implementado no dia 22 de setembro. Essa é a atualização mais significativa da rede desde que os contratos inteligentes foram implementados, em setembro de 2021.

Segundo especialistas, essa mudança poderá marcar o início de uma nova era para o projeto Cardano. Isso porque deve contribuir para o desenvolvimento de aplicativos descentralizados, o que tende a atrair novos usuários e, consequentemente, expandir o ecossistema ADA.

Se você investe em criptomoedas ou, ao menos, acompanha o mundo cripto e deseja se manter bem informado sobre os principais acontecimentos, continue a leitura a seguir e saiba mais sobre essa nova fase da Cardano!

O que é o Hard Fork Vasil?

O hard fork Vasil faz parte da terceira fase do projeto Cardano, que trará uma série de mudanças técnicas e na infraestrutura da plataforma. Nesse sentido, a atualização visa principalmente três melhorias: melhorar a capacidade da rede, tornar mais velozes as transações e reduzir as suas taxas.

Para relembrarmos: um hard fork é uma atualização da rede que acontece quando quem detém a gestão de um blockchain decide corrigir ou incluir mais recursos ao ecossistema. Ou seja, em um hard fork, a rede se divide em duas versões, sendo que uma delas permanece com os recursos originais e a outra passa a ser uma versão mais atualizada dessa rede.

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Em entrevista ao portal Cointelegraph, Charmyn Ho, chefe de insights de criptomoedas da exchange Bybit, afirmou que, na camada de aplicação, o Vasil da Cardano busca aprimorar os atuais contratos inteligentes da rede a fim de proporcionar uma experiência melhor para usuários e desenvolvedores.

“Isso levará simultaneamente a um processo de construção mais eficiente em relação às aplicações na cadeia. No nível de infraestrutura, as muitas atualizações que vêm com o hard fork Vasil permitirão que Cardano aumente seu tamanho de bloco e TPS, mantendo seu mecanismo POS”, declarou o especialista ao portal.

Ho destacou também que essa atualização da Cardano não servirá somente para melhorar a escalabilidade da rede e otimizar os atuais recursos. Além disso, o hard fork Vasil reforçará a escalabilidade e a conectividade da rede. “Este é um grande e importante passo à frente para a Cardano, já que a atualização deve reduzir os custos de transação da rede e aumentar a velocidade das transações”, acrescentou.

Entendendo os aspectos técnicos da atualização

No Vasil, a redução do custo de grandes transações ocorrerá por conta de um mecanismo chamado CIP-33. Basicamente, esse sistema compacta as transações e as torna mais leves, o que aumenta a sua velocidade e, dessa forma, evita congestionamentos na rede.

Há outro mecanismo – o Plutus v2 – que visa melhorar os contratos inteligentes da Cardano, os quais apresentam problemas desde que foram implementados.

Em relação ao salvamento de dados, a atualização também promete melhorias. Isso porque haverá um aumento no tamanho dos blocos que formam o blockchain Cardano. Dessa forma, haverá mais espaço para que os dados fiquem registrados na rede.

Outro ponto importante são os aplicativos descentralizados (dApps), que passarão a ter acesso a dados on-chain sem precisar rodar e reescrever o algoritmo e a transação propriamente dita. Assim, tanto usuários quanto desenvolvedores conseguirão armazenar volumes grandes de dados on-chain.

Outros aprimoramentos da rede Cardano

Além do hard fork Vasil, a equipe da Cardano também está trabalhando no protocolo Hydra head, para solucionar o dimensionamento de camada 2. Isso permitirá processar transações da blockchain Cardano enquanto ela ainda for a camada principal de segurança e liquidação.

Recentemente, a equipe Cardano afirmou ter resolvido de forma bem sucedida um problema que havia na estrutura de nós da Hydra. Por enquanto, não há uma data fixa para o lançamento do protocolo. Porém, segundo a equipe, é possível que a oferta chegue ao mercado até o final deste ano ou no primeiro trimestre de 2023.

E qual o futuro da Cardano com o Vasil?

Sempre que ocorre um hard fork, ele traz mudanças que promovem melhorias na infraestrutura de um projeto. Aqui, não estamos falando somente do Vasil, mas de todas as atualizações que acontecem também em outras blockchains.

Por isso, é comum que, após implementadas essas modificações, haja uma alta nas cotações das respectivas criptomoedas, principalmente no curto prazo.

No entanto, alguns especialistas acreditam que esse hard fork pode não impactar positivamente o preço da ADA. Nesse sentido, pesam aspectos como a conjuntura macroeconômica mais carregada e a capitalização do projeto, visto que estamos em um bear market.

Outro ponto destacado por especialistas é o fato de que o projeto Cardano ainda não é muito usual. Isso porque, se comparados a concorrentes como Ethereum (ETHER), Polygon (MATIC), Solana (SOL), por exemplo, os seus recursos ainda são limitados em termos de tecnologia.

Sobre esse aspecto, Felipe Medeiros, analista da Quantzed Cripto, disse ao Cointelegraph que A atração de novos usuários depende muito mais da construção de aplicativos descentralizados do que da atualização em si. No entanto, até agora, a Cardano deixou a desejar nesse ponto. “A quantidade de usuários da Cardano está muito limitada à sua própria comunidade, que é atraída muito mais pelo staking e não pela utilidade da rede em si”, avalia o analista.

(Fontes: Cointelegraph e Investnews)

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