No universo da renda variável, ETFs e fundos de ações são alternativas interessantes para diversificar os investimentos.
Se você tem dúvidas sobre qual deles escolher para a sua carteira, continue a leitura e entenda como funcionam cada uma dessas modalidades. Acompanhe a seguir!
ETFs (Exchange Traded Funds)
Os ETFs (também conhecidos como “fundos de índices”) são fundos de investimento que têm o objetivo de replicar determinado indicador ou ativo do mercado financeiro.
Ou seja, o seu desempenho sempre será semelhante ao de seu índice ou ativo de referência, sem a intenção de superá-lo, como ocorre em fundos de gestão ativa. Por isso, os ETFs são considerados fundos de gestão passiva, no qual o compromisso do gestor é apenas acompanhar o desempenho de determinado benchmark.
A partir de outubro de 2020, ficou muito mais fácil investir em ETFs na bolsa brasileira. Isso porque as novas regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para o investimento permitiram a redução do lote mínimo de negociação de 10 para uma unidade. Com isso, esses fundos ficaram mais acessíveis e baratos para o pequeno investidor.
Um ano depois das novas regras, em outubro de 2021, já existiam quase 50 ETFs disponíveis para negociação na B3. Existem ETFs de renda fixa, de empresas de tecnologia, que replicam índices como o Ibovespa ou o S&P, e, até mesmo, de criptoativos. Para conhecer alguns dos principais, dê uma olhada no link abaixo:
Quais são os principais ETFs listados na bolsa?
Vantagens e desvantagens dos ETFs
Ao adquirir cotas de um ETF, o investidor consegue obter maior diversificação do que se decidisse comprar diretamente ativos como ações ou BDRs, por exemplo. Isso porque não há custos com taxas de corretagem, emolumentos da bolsa e outros que incidiram em negociações isoladas desses ativos. Além disso, como vimos, os ETFs têm gestão passiva, o que também tornam as suas taxas de administração mais baixas se comparadas à maioria dos fundos de gestão ativa.
Leia também: Vale a pena investir em BDRs de ETFs?
Por outro lado, esses fundos também possuem algumas desvantagens quando comparados a outros investimentos. A principal delas é a baixa liquidez, pois os volumes de negociações dos ETFs, apesar de terem crescido bastante no último ano, ainda são inferiores aos de outros ativos. Por isso, nem sempre o investidor consegue vender as cotas no momento que deseja.
Outro ponto a observar quanto aos ETFs é a sua tributação, que é fixa em 15% sobre o lucro da operação. Se compararmos a ações, por exemplo, não há Imposto de Renda para vendas com lucro abaixo de R$ 20 mil no mês.
Fundo de ações
Os fundos de ações são aqueles que devem, obrigatoriamente, investir pelo menos 67% de seu patrimônio líquido no mercado acionário. Dessa forma, é permitido ao gestor investir não só em ações, mas também em certificados de depósitos de ações, BDRs ou cotas de outros fundos de ações, por exemplo. Os restantes 33% dos recursos podem ser investidos em outras categorias de ativos financeiros.
Existem diferentes tipos de fundos de ações, e a sua classificação varia de acordo com a estratégia do gestor. Os mais comuns são os seguintes:
Indexados: têm o objetivo de acompanhar as variações de determinado índice do mercado financeiro, como o Ibovespa, por exemplo.
Ativos: tanto podem visar a superação de determinado índice quanto não ter benchmark nenhum.
Específicos: como o nome sugere, possuem peculiaridades bem específicas, como, por exemplo, investir em uma única companhia.
Setoriais: esses fundos de ações investem em empresas de um mesmo segmento ou de setores correlacionados.
ESG: investem em empresas reconhecidas por sua atuação nas três esferas ESG: meio ambiente, responsabilidade social e governança corporativa.
Leia também: Fundos ESG: o que são e como funcionam?
Investimento no exterior: esses fundos de ações devem investir mais de 40% do patrimônio em ativos estrangeiros.
Livres: nesses fundos, não há qualquer determinação sobre perfil ou segmento das empresas cujas ações farão parte do patrimônio.
Dividendos: o gestor também tem a opção de alocar o patrimônio em ações de empresas que pagam dividendos.
Leia também: 5 setores de ações que pagam bons dividendos
Vantagens e desvantagens dos fundos de ações
Para quem deseja investir no mercado acionário de forma mais fácil e prática, os fundos de ações são a melhor alternativa. Para adquirir diretamente ações, BDRs ou outros títulos de empresas, o investidor precisa de mais conhecimento técnico e, também, terá mais gastos nessas operações. Além disso, dependendo do fundo, a diversificação poderá ser bem maior do que ao comprar individualmente as ações.
Por outro lado, o investidor não tem a mesma liberdade de negociar os ativos que teria caso os tivesse adquirido diretamente.
E qual a melhor opção? ETF ou fundo de ações?
Como vimos, existem ETFs que representam diversas categorias de ativos, desde os mais conservadores (ETFs de renda fixa) aos mais arrojados e voláteis (ETFs de criptomoedas).
Já os fundos de ações sempre estarão prioritariamente ligados ao desempenho de empresas, tanto nacionais quanto internacionais. Dessa forma, a decisão dependerá do tipo de ativo no qual você deseja investir, e do grau de risco que está disposto a assumir para a sua carteira.
Aqui no Yubb, já falamos bastante sobre ETFs, pois achamos muito interessante a diversificação que esses fundos oferecem para diferentes perfis de investidores. Dê uma olhada nos links abaixo e saiba mais sobre o assunto!