Ao pensar em renda variável, uma das dúvidas que surgem com frequência entre os investidores é a seguinte: o que é melhor, ETF ou ações livres?
Antes de mais nada, é preciso saber que ambas as opções são boas formas de diversificar a carteira. No entanto, assim como qualquer investimento, tanto ETFs quanto ações possuem vantagens e desvantagens.
Pensando nisso, preparamos esse material com as principais características de cada um desses investimentos. Continue a leitura, e descubra qual deles é o mais interessante para os seus objetivos!
Afinal, qual a melhor opção: ETF ou ações livres?
Em primeiro lugar, vamos repassar rapidamente as principais características dos dois investimentos. Acompanhe a seguir!
ETF (Exchange Traded Fund)
Também chamados de fundos de índices, os ETFs são fundos que replicam determinado indicador do mercado financeiro. Nesse sentido, eles podem acompanhar o Ibovespa, títulos de renda fixa e, até mesmo, índices internacionais, como o S&P 500, por exemplo.
Pelo fato de replicar um índice, o ETF é um investimento de gestão passiva. Ou seja, o objetivo do gestor do fundo é acompanhar o desempenho de um benchmark, sem a preocupação de superá-lo.
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Vantagens dos ETFs
A seguir, conheça algumas das vantagens desses fundos:
Diversificação mais fácil
Com os ETFs, as chances de diversificação da carteira são maiores do que com as ações. Isso porque, para investir diretamente no mercado acionário, é preciso estudar cada uma das ações individualmente para selecioná-las. Já no caso dos ETFs, basta comprar as cotas do fundo e você já terá uma carteira diversificada, pois os ativos que formam o fundo já foram escolhidos pelo gestor.
Além disso, por meio dos ETFs, também é possível diversificar em ativos internacionais. Por isso, investir em ETF pode ser a melhor opção para quem não tem tempo (ou conhecimento suficiente) para fazer a seleção dos ativos.
ETFs são acessíveis
Desde o final de 2020, ficou mais acessível investir em ETFs. Nesse sentido, foi reduzido o lote mínimo de negociação de dez para uma unidade, e isso fez com que a modalidade ficasse ao alcance do pequeno investidor.
Custos menores
Se decidir comprar várias ações, o investidor terá diversos custos referentes a essas operações, como taxas de corretagem, emolumentos da bolsa, entre outros. No entanto, quando adquire cotas de um ETF, ele consegue diversificação maior por meio de uma só operação. Dessa forma, os custos desse investimento são menores.
Outro ponto que contribui para a redução dos custos é o fato desses fundos terem gestão passiva, mais baixa do que as taxas de gestão ativa.
Desvantagens dos ETFs
Por outro lado, esse investimento também apresenta alguns pontos menos positivos:
Baixa liquidez
Por terem um volume de negociações ainda baixo se comparado a outros investimentos, nem sempre o investidor consegue vender as cotas dos ETFs com facilidade. Isso prejudica um pouco a liquidez desses ativos.
Tributação
Por fim, ao contrário das ações, esses fundos não são isentos de imposto de renda para as vendas abaixo de R$ 20 mil. A alíquota do IR nos ETFs é de 15% sobre o lucro da operação.
Ações
Certamente o mais conhecido entre os investimentos de renda variável, as ações são títulos que conferem ao investidor direitos de sócio da companhia.
Por meio das ações, o investidor pode montar diversas estratégias para a sua carteira. Por exemplo, pode escolher ações pagadoras de dividendos, small caps, mid caps, blue chips ou, ainda, alugar ações.
Vantagens das ações
Veja agora algumas das vantagens de investir em ações:
Liberdade de escolha
Ao adquirir diretamente ações, o investidor tem mais autonomia em relação à sua carteira. Isso porque pode decidir sobre a compra e venda dos papéis a qualquer momento, diferentemente dos ETFs cujos ativos que formam o fundo são escolhidos pelo gestor.
Facilidade de operação
É muito simples negociar ações. Para isso, basta ter o home broker da corretora e o investidor pode negociar os seus títulos quando quiser e onde estiver.
Possibilidade de ganhos
Diferentemente dos ETFs, as ações fazem parte de uma estratégia ativa de investimentos. Ou seja, quem investe nesses títulos não busca simplesmente acompanhar o desempenho do mercado, mas sim obter as maiores rentabilidades.
Dessa forma, o investidor precisa analisar indicadores financeiros e aspectos macroeconômicos para identificar as empresas com as melhores perspectivas de desempenho.
Desvantagens
Vejamos agora alguns dos pontos menos favoráveis de investir diretamente em ações
Maior risco
Mesmo quem nunca investiu em ações já ouviu a respeito do sobe e desce do mercado de capitais. Ações são investimentos voláteis, em especial quando há crises financeiras ou qualquer outro tipo de evento que possa desestabilizar a economia nacional ou mundial.
Necessidade de conhecimento técnico
Isso não chega a ser uma desvantagem, mas sim uma restrição aos investimentos em ações. Para investir nesses ativos, é preciso ter conhecimentos sobre análise financeira e estar razoavelmente informado sobre os acontecimentos da economia. Caso contrário, esses ativos poderão oferecer riscos ainda maiores ao patrimônio do investidor.
Conclusão
Por tudo que vimos, dá para concluir que investir em ETF ou em ações dependerá muito do seu conhecimento, tolerância ao risco e expectativas de ganhos. Se você está começando a diversificar os seus investimentos, não é adequado começar já adquirindo ações sem antes ter alguma experiência no mercado financeiro. Nesse caso, é mais interessante optar por investimentos que contem com uma gestão profissional, como é o caso dos ETFs.
À medida que for se sentindo mais seguro e familiarizado com o mundo dos investimentos, comece a experimentar alternativas que envolvem mais riscos, mas que também proporcionarão mais chances de ganhos. Lembre-se: o mais importante sempre é que a sua carteira seja adequada ao seu perfil de investidor!