Com as recentes altas da Selic, muitos investidores começaram a retornar ao mundo da renda fixa. E uma das modalidades que tem se destacado é o ETF de renda fixa, que pode trazer rendimentos interessantes em um contexto de juros e de inflação em alta.
Quer saber mais sobre esses ETFs? Então, continue a leitura e descubra a seguir!
Como funcionam os ETFs?
Os Exchange Traded Funds (ou simplesmente ETFs), são fundos de investimentos que têm como objetivo acompanhar a carteira teórica de determinado índice do mercado financeiro. Por isso, eles também são conhecidos como “fundos de índices”.
Uma das grandes vantagens desses investimentos é a sua acessibilidade. Isso porque, atualmente, é possível encontrar no mercado cotas de ETFs ao alcance de todos os investidores. Outro ponto favorável é a diversificação que esse investimento oferece a um custo mais baixo do que outras modalidades.
Na bolsa brasileira, é possível encontrar ETFs que replicam os mais variados índices, como Ibovespa, Small Caps, S&P 500 e, até mesmo, ETFs de criptomoedas. Neste artigo, falaremos especificamente sobre os ETFs de renda fixa. Acompanhe!
ETF de renda fixa
Um ETF de renda fixa acompanha as variações das taxas de juros ou de algum índice dessa categoria de investimentos. As carteiras teóricas desses índices são compostas, principalmente, por títulos públicos ou privados. Para que possa compor o fundo, o referido índice deve ser reconhecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Da mesma forma que as ações, as cotas dos ETFs também são negociadas na B3. Quando adquire cotas de um ETF de renda fixa, por exemplo, o investidor passa a deter, de forma indireta, todos os títulos públicos e privados que compõem o patrimônio do fundo. Ou seja, ele passa a ter a rentabilidade desses títulos mesmo sem ter comprado cada um deles separadamente.
Quais são os ETFs de renda fixa disponíveis na bolsa?
Atualmente, existem pouco menos de 10 ETFs de renda fixa disponíveis na B3. Você pode consultar quais são eles no próprio site da instituição.
Um dos mais conhecidos é o IMAB11, que acompanha o IMA-B (Índice de Mercado Anbima). Por sua vez, esse índice busca replicar o desempenho do Tesouro IPCA+. Ou seja, o seu objetivo é acompanhar o desempenho de todos os títulos do Tesouro Direto indexados à inflação em negociação no mercado brasileiro.
Em períodos de inflação alta e em elevação, esses investimentos são uma boa opção para evitar a desvalorização do patrimônio. No link abaixo, conheça outros investimentos que também podem proteger o patrimônio da inflação.
Assim como outros fundos de investimento, os ETFs possuem a cobrança da taxa de administração. Porém, esse custo costuma ser baixo, já que se trata de um fundo de gestão passiva. No caso do IMAB11, por exemplo, a taxa de administração é de 0,25%, o mesmo percentual que o investidor paga pela custódia dos títulos públicos na bolsa de valores.
Outros exemplos de ETFs de renda fixa também conhecidos são o IRFM11 e o FIXA11.
O IRFM11 acompanha o índice IRFM P2, calculado pela ANBIMA. Nesse caso, a carteira teórica é composta por títulos prefixados do Tesouro Direto, que pagam juros semestrais ou finais. Já o FIXA11 acompanha o desempenho do índice de futuros de taxas de juros (DI), e tem prazo de três anos.
Tributação dos ETFs
Os ETFs de renda fixa que investem o patrimônio em títulos com vencimento acima de dois anos são tributados pela alíquota mínima do Imposto de Renda, que é de 15% sobre os ganhos do investimento. Além disso, esses fundos não possuem o come-cotas que, a cada seis meses, reduz o capital investido.
Vale a pena investir em ETF de renda fixa?
Como vimos, uma das vantagens dos ETFs é a diversificação que ele proporciona com menor custo. Ao adquirir cotas de um ETF que replica o Ibovespa, por exemplo, o investidor consegue acompanhar o desempenho do índice sem precisar adquirir todas as ações que o compõem.
A mesma lógica vale para os ETFs de renda fixa, pois esses fundos alocam o patrimônio em diferentes títulos da categoria. Logo, para o investidor que prioriza a diversificação, mas não deseja se expor à volatilidade do mercado acionário e de outros investimentos de renda variável, o ETF de renda fixa acaba sendo uma opção interessante.
Outro ponto favorável diz respeito aos custos e à acessibilidade desses fundos. Como vimos, há cotas de ETFs para todos os bolsos, e as taxas cobradas costumam ser mais baixas do que as dos fundos de gestão ativa.
Por outro lado, é preciso entender que os ETFs de renda fixa não oferecem a mesma estabilidade de preços do que os títulos que formam o seu patrimônio. Isso porque as cotas podem variar de preço, além de não possuírem uma data de vencimento.
Além disso, cabe lembrar que, assim como outros fundos de investimento, os ETFs também não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante para o investidor até R$ 250 mil no caso de falência da instituição financeira. Nesse sentido, investir no Tesouro Direto, por exemplo, que é garantido pelo governo federal, ou em um CDB, LCI ou LCA, que contam com a garantia do FGC, acaba sendo mais seguro.
Se você acompanha os nossos conteúdos, sabe que os ETFs estão na nossa lista de investimentos preferidos, justamente pela diversificação, praticidade e acessibilidade que oferecem. A propósito, você sabia que também pode diversificar o seu patrimônio em ativos internacionais com BDRs de ETFs? Clique no link abaixo e descubra como funciona esse investimento!