Você ouviu falar sobre as mudanças no FGC? Para quem não sabe, FGC é a sigla para Fundo Garantidor de Créditos. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, que foi criada para dar apoio aos investidores. Se alguma instituição financeira quebrar, o FGC é o responsável por pagar o valor investido + seus rendimentos à pessoa que realizou a aplicação.
Não são todos os investimentos que estão na lista: Tesouro Direto e fundos são casos sem garantia. Os principais investimentos em renda fixa como CDB, RDB, LC, LCI e LCA são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos.
Se quiser saber mais sobre o assunto, fizemos um vídeo muito bacana há alguns meses. No entanto, algumas coisinhas mudaram desde a gravação desse conteúdo.
Nas últimas semanas de 2017, o FGC e o CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovaram duas grandes mudanças na garantia: o teto e o prazo de “validade”. Vale dizer que essas mudanças no FGC não são retroativas, ou seja, só valem para quem tiver investido a partir do dia 22 de dezembro de 2017. Quem investiu antes disso, fique tranquilo! Sua garantia ainda segue as regras antigas.
Quer saber quais são essas mudanças no FGC e como elas influenciam seus investimentos? Confira o infográfico abaixo e siga lendo o post =)
Basicamente, foram duas as principais mudanças que aconteceram e a gente vai te explicar a seguir.
1. Teto de R$ 1 milhão
A mudança mais significativa no FGC foi a criação de um teto de R$ 1 milhão. O limite de R$ 250 mil por instituição permanece, mas agora há um limite total por CPF de R$ 1 milhão.
Antes, para o investidor estar garantido pelo FGC, ele podia investir R$ 250 mil por instituição, mas não havia limite por CPF. Ou seja, se você quisesse investir R$ 250 mil em 8 instituições, ainda assim estaria garantido. Sim, você podia investir R$ 2 milhões e, se todas essas instituições quebrassem, você receberia seu dinheiro de volta. Quer ir além? Alguém com R$ 10 milhões distribuídos em 40 instituições diferentes teria a garantia do FGC. Paraíso, né?
Foi aí que veio a mudança! Hoje, você pode continuar investindo os seus R$ 250 mil por instituição e está garantido, mas existe um limite geral – um teto de R$ 1 milhão. Isto é, para ter a garantia, você só pode investir R$ 250 mil em 4 instituições ou R$ 100 mil em 10 instituições ou R$ 50 mil em 20 instituições e etc.
Em resumo, a somatória precisa estar abaixo de R$ 1 milhão para o seu investimento ser garantido pelo FGC.
2. Prazo de 4 anos
A segunda principal mudança é a “validade” da garantia. Agora, caso um banco quebre, a sua garantia tem limite no prazo. O dinheiro será restituído ao investidor, mas será “descontado” do seu limite máximo de R$ 1 milhão nos próximos 4 anos. “Que confusão!”. É realmente um pouco confuso, mas a gente vai te dar dois exemplos para compreender melhor.
Se você tiver R$ 200 mil investido em 5 instituições (resultando o teto de R$ 1 milhão) e as 5 instituições quebrarem (é muito difícil isso acontecer, tá? fique tranquilo hehe), você receberá o seu dinheiro de volta, tudo certinho. A mudança está no fato de que, nos próximos 4 anos, seu CPF não será mais garantido pelo FGC.
Outro exemplo: você investiu R$ 5 mil no banco X e esse banco faliu. Você está garantido pelo FGC, vai receber o seu investimento de volta, mas, para os próximos anos, só estarão garantidos R$ 995 mil no seu CPF. Não mais R$ 1 milhão.
Deu para entender? Agora há um prazo de “validade” para quem recebe o dinheiro de volta em caso de falência da instituição. Depois dos 4 anos, seu “saldo” volta ao normal e você segue garantido normalmente pela entidade – até R$ 250 mil por instituição e R$ 1 milhão por CPF.
“O que isso muda para mim?”
Se você é um pequeno investidor e seus investimentos não passam de R$ 250 mil, fique tranquilo! Essas mudanças não alteram em nada nos seus investimentos.
Mas o objetivo de todo mundo é sempre ganhar mais dinheiro. Você pode ser um pequeno investidor hoje e, daqui a alguns anos, acumular um patrimônio e começar a fazer maiores transações. Então vale ficar de olho nas mudanças e avaliar o risco da instituição!
Para você que já faz investimentos com mais de R$ 250 mil, nem precisa falar, né? Essas mudanças alteram bastante a rotina de investimentos já que você vai precisar se preocupar um pouco mais com esse risco.
Antes, o investidor podia dizer “Não tem problema! Se acontecer algo, o FGC tá aí”, mas agora a preocupação é um pouco maior. Uma boa dica é avaliar o Índice de Basiléia do banco ou instituição financeira que você vai investir para entender o risco dessa empresa.
Caso você não tenha ideia do que a gente está falando com esse tal de “Índice de Basiléia”, é porque não viu nosso vídeo sobre o assunto! Então clique aqui para assistir e poder escolher a instituição com mais tranquilidade!
Não se desespere com as mudanças no FGC, elas são bem mais simples do que parecem! A sua única preocupação é tomar um pouco mais de cuidado na hora de escolher o lugar que vai colocar o seu dinheiro porque, caso ele declare falência, você pode se prejudicar. Então, precisa ficar de olho no Índice de Basiléia das empresas na hora de aplicar seu dinheiro.
O mais importante é: o Yubb está aqui para te ajudar com isso. A gente é o único lugar no Brasil em que você pode encontrar os investimentos de diferentes instituições (praticamente todas!) podendo comparar rentabilidade, liquidez, garantia… E, a partir disso, decidir onde e como vai investir. Quer coisa mais simples?