Quem acompanha o mundo das criptomoedas sabe que, a cada dia, surgem novos ativos digitais, muitos deles com propostas bastante inovadoras. No meio de tanta novidade, como saber o que escolher: Bitcoin ou altcoins? Afinal, o que é mais arriscado e o que pode trazer mais rentabilidade?
A verdade é que, além de ninguém ter bola de cristal, as criptomoedas são ativos de altíssima volatilidade e sem correlação com a economia tradicional. Portanto, é muito difícil acertar previsões sobre os seus preços e sobre o futuro de cada projeto. Logo, para investir nesses ativos, é preciso conhecer bem o propósito de cada um deles e, também, é importante ouvir o que especialistas dizem a respeito.
Pensando nisso e para tentar auxiliar a sua análise, fizemos esse conteúdo com algumas opiniões de especialistas publicadas recentemente. Mas pedimos atenção para dois pontos importantes: o primeiro é que nada do que veremos a seguir se trata de recomendações de investimentos, e não necessariamente reflete a opinião do Yubb. Nesse sentido, nossa ideia é somente trazer notícias que possam lhe ajudar a embasar as suas escolhas. O segundo é que é sempre importante buscar o máximo de informações que você puder para investir em criptomoedas, lembrando que esses ativos podem apresentar oscilações altas e rápidas a qualquer momento.
Dito isso, confira a seguir algumas opiniões sobre investir em Bitcoin e em altcoins!
Bitcoin ou altcoin: afinal, no que é melhor investir?
Recentemente, analistas de commodities da Bloomberg afirmaram que, além do Bitcoin (BTC), o Ethereum (ETH) e algumas outras altcoins podem subir 30% e superar os principais ativos internacionais.
A informação faz parte de uma reportagem do portal Cointelegraph, publicada no dia 5 de outubro. Segundo os analistas, as criptomoedas serão os primeiros ativos a sair da atual crise macroeconômica.
No relatório que reúne essas informações, os analistas Mike McGlone e Jamie Douglas Coutts sustentam que o Bitcoin, o Ethereum e altcoins que fazem parte do Bloomberg Galaxi Crypto Index (BGCI) podem superar os ativos tradicionais em cerca de 30% e, no momento, estão se preparando para isso.
Outro ponto destacado pelos analistas é o fato de que os mercados de ativos digitais podem ganhar vida com o BTC se tornando um ativo de risco. Isso porque, nos últimos tempos, percebeu-se que não existe uma forte correlação da criptomoeda com o mercado acionário.
Ciclo de baixa para os ativos de risco
Para McGlone e Coutts, o ciclo de baixa para os ativos de risco tem favorecido as commodities de forma geral. Porém, quando vier a recuperação econômica e o medo do mercado diminuir, a expectativa é de que o dinheiro investido hoje em commodities migre para os ativos de risco.
Nesse contexto, ambos consideram que o Bitcoin, Ethereum e do Bloomberg Galaxy Crypto Index têm potencial para superar a maioria dos principais ativos financeiros. “A transição do Ethereum para proof-of-stake (PoS), estabeleceu um fundo para o ETH em US$ 1 mil e ajudou o Bitcoin a construir um base em US$ 20 mil”, justificam.
Em relação ao Ethereum, ambos acreditam que ele pode estar em um ponto em que se torna mais estável do que os instrumentos financeiros tradicionais durante os mercados macro em baixa.
“O Ethereum deu um salto à frente com o The Merge, e isso já está impactando seu preço. Agora, a criptomoeda segue uma tendência de respeitar o suporte e a resistência nos principais números alvos de US$ 1.000 a US$ 2.000. Cerca de US$ 1.000 é o suporte principal, e nosso gráfico mostra o Ethereum superando o Nasdaq 100 Index no 3T” afirmam os analistas.
Stablecoins atreladas ao dólar
Outro aspecto que, segundo os analistas, ajuda a favorecer as perspectivas para o Ethereum é o fato de que muitas stablecoins (as chamadas “moedas estáveis”) atreladas ao dólar dependem principalmente dessa rede para operar. Para eles, isso pode impulsionar uma grande onda de tokenização no mercado de ações norte-americano.
“Os ativos digitais mais negociados são as stablecoins no Ethereum. Gostamos de perguntar o que impede a tokenização da maioria dos ativos e pode ser simplesmente uma questão de tempo para todo o mercado ser tokenizado no ETH”, afirmam os analistas da Bloomberg.
Opiniões mais conservadoras
Outra reportagem do Cointelegraph mostra a opinião de Mel Gelderman, CEO da token.com. No dia 13 de outubro, o portal publicou a declaração do analista, que acredita nas oportunidades do mundo dos criptoativos, mas se mostra cético em relação à maioria dos projetos.
De acordo com Gelderman, os mais de 10 mil criptoativos do ecossistema ainda são apostas. Por outro lado, Bitcoin e Ethereum já estão consolidados e auxiliam a moldar o sistema financeiro do futuro.
O analista também acredita que a tokenização mudará o mundo. No entanto, tanto investidores quanto desenvolvedores precisam definir expectativas realistas para o mercado.
“Por mais que existam muitos tokens promissores no mercado hoje, há uma boa razão para que Bitcoin e Ethereum sempre tenham sido os dois principais criptoaivos do mundo (eles coletivamente representam cerca de 60% da capitalização de mercado global de criptomoedas)”, disse o CEO.
Para ele, Bitcoin e Ethereum já definiram claramente os seus nichos nesse mercado, o que não aconteceu ainda com a maioria dos outros criptoativos. Ou seja, enquanto o BTC se firmou como um equivalente de ouro digital, o ETH oferece liquidação digital para o que se tornará a internet descentralizada do futuro.
“Embora as duas redes sejam muito diferentes, elas compartilham semelhanças, pois ambas tiveram uma vantagem de pioneirismo no mercado. O Bitcoin deu o pontapé inicial na revolução do token e o Ethereum expandiu a ideia de moeda digital. Como resultado, eles se beneficiaram do efeito Lindy. Em outras palavras, eles são mais testados do que outros criptoativos”, conclui Gelderman.
(Fonte: Cointelegraph)