Uma das dúvidas mais comuns de quem inicia no mundo dos investimentos é se vale a pena seguir as carteiras recomendadas das corretoras.
Nesse sentido, há quem prefira escolher sozinho os investimentos que irão compor a carteira. Por outro lado, investidores menos experientes sentem-se mais seguros ao seguir indicações de especialistas. Nessa situação, uma carteira recomendada pode ser uma boa alternativa.
Se você está pensando em diversificar os seus investimentos, continue a leitura para entender o que é uma carteira recomendada, e conheça com mais detalhes as suas vantagens e desvantagens.
O que é uma carteira recomendada?
Carteira recomendada é uma seleção de aplicações feita por um banco, uma corretora ou uma casa de análise independente. A partir da análise e recomendações de profissionais especializados, são escolhidos os ativos que farão parte desse conjunto de investimentos.
Para que possam fazer essas recomendações, os profissionais precisam ter certificações de instituições oficiais, como a ANBIMA, por exemplo. Inclusive, a ANBIMA oferece diversos tipos de certificados, que atendem a diferentes exigências de acordo com o tipo e complexidade de cada investimento.
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Além de serem obrigatórias, essas certificações precisam ser renovadas periodicamente. O prazo de renovação dependerá de cada tipo de certificado.
As carteiras recomendadas reúnem os ativos que, segundo os analistas, têm os maiores potenciais de recomendação. Periodicamente, elas também são revistas, de acordo com a evolução da economia, do mercado financeiro e das próprias empresas. Normalmente, essas carteiras vêm acompanhadas de relatórios sobre o desempenho dos ativos que as compõem.
Tipos de carteiras recomendadas
Basicamente, os tipos mais usuais de carteiras recomendadas são os seguintes:
Carteira de ações
É a modalidade de carteira recomendada mais conhecida no mercado. Basicamente, o objetivo é encontrar títulos com bom potencial de valorização. Para isso, especialistas utilizam indicadores da análise fundamentalista e, também, analisam aspectos macroeconômicos do cenário nacional e internacional.
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Carteira de dividendos
Existe também a opção de montar uma carteira com foco no recebimento de dividendos. Nesse caso, os analistas monitoram as companhias que têm condições e histórico de distribuição de lucros.
A carteira com foco em dividendos é uma boa alternativa para quem busca obter renda passiva com investimentos. No linl abaixo, confira alguns setores de ações que pagam bons dividendos.
5 setores de ações que pagam bons dividendos (yubb.com.br)
Carteira small caps
As small caps são as empresas de menor capitalização na bolsa, quando comparadas às companhias mais tradicionais e que atuam em setores mais consolidados.
Apesar do nome, não significa que essas empresas sejam pequenas. O que ocorre é que elas ainda têm um bom potencial de crescimento e, por isso, oferecem um potencial maior de retorno. No entanto, isso envolve também mais riscos pois, geralmente, essas empresas ainda estão investindo na operação e não têm um mercado totalmente maduro. Dessa forma, qualquer revés na economia pode atingi-las de maneira mais forte do que as companhias mais tradicionais.
Vale a pena investir em uma carteira recomendada?
Essa pergunta é muito frequente e, quase sempre, divide opiniões entre investidores e analistas. A seguir, conheça algumas vantagens e desvantagens desse tipo de carteira.
Vantagens
Seleção dos ativos feita por especialistas
A primeira vantagem é a seleção dos ativos que formarão a carteira.
Como vimos, as ações que compõem as carteiras recomendadas são escolhidas por profissionais experientes e devidamente certificados para isso. Dessa forma, o investidor consegue ter mais segurança, principalmente aquele que ainda não conhece ou não está habituado a investir no mercado de capitais. E, mesmo que o investidor já seja experiente e domine indicadores financeiros, pode ser que ele não tenha tempo para analisar os investimentos e montar a sua carteira. Nessa hora, a carteira recomendada também pode ser uma boa alternativa.
Acompanhamento profissional da carteira
Outra vantagem é o monitoramento constante realizado por esses analistas. Isso porque não basta escolher bons ativos; é necessário também acompanhar como o seu desempenho evolui no decorrer do tempo. Dessa forma, caso algum deles não esteja performando bem, pode ser substituído em tempo hábil, antes que gere perdas à carteira.
Potencial redução do risco da carteira
Por fim, vale falar na redução de risco que, teoricamente, uma carteira recomendada proporciona. Isso porque, uma vez que a seleção dos ativos é feita e acompanhada por profissionais qualificados, eles tendem a apresentar maior qualidade. Logo, teoricamente, o risco do investimento passa a ser menor.
Desvantagens
Por outro lado, há quem aponte desvantagens nas carteiras recomendadas. Vejamos algumas delas:
Conflitos de interesses
A primeira delas diz respeito a possíveis conflitos de interesses em relação às instituições financeiras. Isso porque os bancos e corretoras ganham com as taxas de corretagem cobradas nas operações. Logo, pode ser que, eventualmente, não sejam oferecidos os melhores investimentos para os clientes, mas sim aqueles que geram mais taxas.
Valorização dos ativos
Outro ponto importante também é sobre o valor dos ativos. Nesse sentido, alguns investimentos recomendados já podem estar bem precificados no mercado. Logo, poderá não existir muito espaço para valorização, ao menos no curto prazo.
Conclusão
Por tudo que vimos, não há uma resposta única para essa pergunta. Saber se vale ou não a pena investir em uma carteira recomendada dependerá, basicamente, do seu perfil de investidor e dos seus objetivos financeiros.
O que se pode adiantar nesse caso é que, se você tiver planos de longo prazo e fizer aportes constantes em ações, poderá se beneficiar tanto da valorização dos títulos quanto do recebimento de dividendos. Nesse caso, ter uma carteira recomendada pode ser uma opção bem interessante.
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