Quem investe ou, ao menos, acompanha o desempenho das criptomoedas, sabe que esse universo é marcado por inúmeras oscilações de valores ao longo do tempo. E, por ser a principal criptomoeda do mundo, as quedas do bitcoin (BTC) são as que mais assustam o mercado de forma geral.
Desde que atingiu a máxima histórica de US$ 69 mil em novembro de 2021, o BTC já perdeu a metade do seu valor, considerando maio de 2022, mês em que escrevemos esse artigo. Mas não é a primeira vez que a criptomoeda passa por quedas fortes e repentinas desde a sua criação.
A seguir, confira outros momentos críticos na história do criptoativo, e entenda a situação atual da principal criptomoeda do mercado.
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Maiores quedas do bitcoin ao longo do tempo
O levantamento a seguir foi feito com base em dados do Portal do Bitcoin do início de 2022. Acompanhe!
19 de junho de 2011
Essa foi a primeira grande queda do bitcoin e, até hoje, a pior já registrada.
Na primeira metade de 2011, o BTC teve uma incrível valorização, saindo de US$ 2 para atingir US$ 32 em menos de seis meses. Enquanto a criptomoeda recuava para US$ 17,50, um ataque hacker na Coinbase fez com que ela perdesse 99,9% de seu valor em um dia, sendo negociada a somente um centavo. Por sorte, essa queda foi rápida, e o BTC se recuperou.
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Dezembro de 2013
Em 3 de dezembro de 2013, o BTC atingiu US$ 1.151, sendo que, um mês antes, valia somente US$ 200. Porém, no dia 17 de dezembro, seu preço caiu pela metade, por causa do primeiro banimento da China, que proibiu as transações da criptomoeda por parte dos bancos.
Até 2015, a criptomoeda literalmente andou de lado, com cotação média de US$ 200. Somente dois anos depois, em 2017, o BTC voltou ao recorde de preço anterior.
Dezembro de 2017
Durante todo o ano de 2017, o bitcoin teve um bom desempenho, alcançando o novo recorde de US$ 19.497 em 15 de dezembro. Menos de uma semana depois, caiu 29%, chegando a US$ 13.831, e continuou caindo por muitos meses. Um ano depois, em dezembro de 2018, a criptomoeda valia menos de US$ 3.300.
Na ocasião, falou-se em bear market das criptomoedas, pois a queda não atingiu somente o BTC. Na época, o ether (ETH) já era reconhecido como o segundo maior criptoativo do mercado, e muitos investidores deram ETH ao longo de 2017 para garantir a liquidez de novos projetos. Em suma, o momento foi bastante crítico e chegou-se a pensar no estouro de uma bolha no mercado cripto.
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10 de março de 2020
Assim como diversos outros ativos financeiros, o bitcoin sofreu os reflexos negativos do início da pandemia. Em um único dia, a criptomoeda foi de US$ 7.911 para US$ 4.970, uma queda de 37%.
No entanto, os auxílios financeiros dos bancos centrais ao redor do mundo – em especial do Fed – deram apoio à economia. Em pouco tempo, o dinheiro voltou a circular no mercado de criptoativos. Inclusive, no início de 2021, o BTC teve nova alta expressiva, logo após Tesla e MicroStrategy colocarem a criptomoeda em seus balanços financeiros.
Maio de 2021
Em 14 de abril de 2021, o BTC bateu novo recorde, alcançando o valor de US$ 63.314. Porém, nos dias seguintes, as cotações foram arrefecendo, chegando próximas a US$ 58 mil na primeira semana de maio.
Mas foi na segunda semana de maio que ocorreu a queda mais drástica, tendo o BTC chegado a pouco mais de US$ 32 mil no dia 22 daquele mês. Contribuiu para a desvalorização o evento conhecido como “superquarta”, no qual foi anunciado o aumento dos juros nos EUA. Esse tipo de notícia sempre mexe com o mercado financeiro, especialmente com ativos de risco, como as criptomoedas.
E não foi só o BTC que despencou na ocasião. O que se viu foi que somente as stablecoins mantiveram suas cotações relativamente estáveis. Ao todo, o mercado cripto perdeu cerca de US$ bilhões em capitalização.
Situação atual do bitcoin
De forma geral, o cenário de aversão ao risco permanece nesse primeiro semestre de 2022. Somente em maio desse ano, o BTC caiu cerca de 15%, e já perdeu mais da metade do seu valor desde a máxima histórica de 2021.
E, quando falamos de ativos de maior risco, não estamos nos referindo apenas aos criptoativos. Nesse sentido, ações de tecnologia, por exemplo, também estão sofrendo com o atual cenário econômico.
A perspectiva de inflação que persiste nos EUA pressiona o governo a aumentar mais os juros, e, nesse contexto, há uma fuga da renda variável para ativos de renda fixa. Em outras palavras, o investidor tem menos motivos para correr riscos em um cenário de alta de juros, o que o faz preferir ativos mais estáveis.
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É importante saber que diversos fatores de mercado atuam na formação de preços dos ativos financeiros. Ou seja, a inflação nos EUA não é a única culpada pela queda das criptomoedas. Outro fator que podemos apontar são alguns sinais de fraqueza entre as stablecoins, por exemplo.
Veja o caso da Terra (UST), a quarta maior stablecoin do mundo. Recentemente, ela perdeu um terço de seu valor, e isso arrastou a LUNA, criptomoeda que tem o desempenho diretamente ligado a essa stablecoin.
No conteúdo abaixo, o Bernardo explica detalhadamente o que aconteceu com a LUNA. Vale a pena você conferir também, pois lhe ajudará a entender melhor a dinâmica do mundo cripto, e como muitas coisas estão interligadas nesse universo!