Contra fatos não há argumentos: os títulos públicos são o destino mais seguro para o seu dinheiro. Emitidos pelo Tesouro Nacional, os títulos são como empréstimos que você faz ao Governo. Após determinado período, você recebe juros (rendimento) sobre o valor que aplicou.
A segurança máxima se dá pelo fato de que o Governo Federal é a instituição com menor risco de crédito no país. Em comparação com as instituições financeiras, o Tesouro Nacional tem menor chance de dar um “calote” nos investidores pois, no limite, pode emitir moeda para pagar a dívida. É o chamado risco soberano.
Títulos públicos têm a cobertura do FGC?
Os títulos públicos não têm a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), mas isso não é um problema.
O FGC existe para proteger investidores do risco de crédito das instituições financeiras, que, como vimos acima, é maior que o do Tesouro Nacional. Por esse motivo, os títulos públicos são considerados mais seguros que qualquer investimento coberto pelo FGC.
Aliás, o FGC é um Fundo que recebe contribuições de todas as instituições financeiras. Já parou para pensar onde o dinheiro deste fundo fica aplicado? Ponto para quem respondeu títulos públicos!
Boa parte dos recursos dos bancos também está aplicada em títulos públicos, basta consultar os balanços trimestrais e conferir.
Isso significa que, mesmo com a frágil situação política e econômica do país, até o Governo Federal dar um calote em seus credores, muitos bancos provavelmente já teriam quebrado primeiro.
Então, se você quer fazer como o FGC e os bancos e investir seu dinheiro no ativo financeiro com menor risco de crédito do país, como fazer? Selecionamos três maneiras fáceis e seguras para você investir em títulos públicos. Dê uma olhada no infográfico e depois continue lendo o post!
1. Tesouro Direto
O Tesouro Direto é o programa oficial do Tesouro Nacional em parceria com a B3 (antiga BM&F Bovespa) para a distribuição de títulos públicos a pessoas físicas.
Há três categorias de títulos disponíveis para investimento: pós-fixados, que rendem de acordo com a taxa Selic; indexados à inflação, que rendem a uma taxa fixa mais a correção pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA); e prefixados, que rendem a uma taxa de juros definida no momento da aplicação.
Embora os títulos do Tesouro Direto sejam aplicações de renda fixa, os indexados à inflação e prefixados têm características que semelhantes a investimentos de renda variável. Antes do vencimento, há oscilação nos preços de mercado do título. Se você resgatar antecipadamente, pode obter rendimento maior (ou menor) que o previsto.
Para investir em títulos públicos via Tesouro Direto, basta ter conta em um agente de custódia, que nada mais é que uma corretora. Ela precisa ser cadastrada junto ao Tesouro Direto para intermediar a compra e venda de títulos públicos. Saiba como investir no Tesouro Direto neste tutorial.
Vantagem: O custo é baixo (taxa de custódia de 0,30% ao ano) e o investimento fica registrado em seu nome e CPF, o que não ocorre em nos fundos, por exemplo.
Desvantagem: Investir no Tesouro Direto por conta própria pode ser um pouco confuso no começo, e a aplicação está disponível apenas para CPFs (empresas não podem investir).
2. Robôs de investimento
Os robôs de investimento são fintechs que oferecem um serviço completo para você aplicar seu dinheiro de forma diversificada. Geralmente, os títulos públicos estão incluídos no mix de investimentos dos robôs.
Investindo com a Vérios, por exemplo, você ganha uma carteira diversificada com todos os três tipos de títulos públicos. A aplicação é feita via Tesouro Direto, mas você não precisa fazer o trabalho duro sozinho: os algoritmos da empresa definem quanto aplicar em cada título de acordo com o seu perfil e tolerância a risco e o robô faz todas as aplicações por você.
Vantagem: É uma forma ainda mais fácil de ter acesso a títulos públicos e garantir uma carteira diversificada de investimentos. Ótima opção para quem não tem tempo ou vontade de gerenciar os investimentos por conta própria.
Desvantagem: Se você gosta de botar a mão na massa e decidir onde investir cada centavo, os robôs não serão úteis, pois eles seguem uma estratégia própria, baseada em estudos matemáticos.
3. Fundos de investimento
Existem fundos de investimento para todos os gostos. Em comum, os títulos públicos, que aparecem na composição da maior parte dos fundos, sendo um dos “ingredientes” favoritos dos gestores para minimizar os riscos do fundo. Mesmo fundos de ações costumam ter uma pequena parcela de títulos públicos!
Para saber se o fundo investe em títulos públicos e em que proporção, consulte documentos como o regulamento ou a lâmina de informações essenciais.
Vantagem: Investir em fundos é simples, ainda mais se for pelo banco onde você já tem conta corrente. Muitos fundos de renda fixa permitem que resgates caiam em sua conta no mesmo dia, uma mão na roda para investir sua reserva de emergência.
Desvantagem: É muito comum bancos oferecerem fundos que investem exclusivamente em títulos públicos e, para isso, cobram taxa de administração de 2%, 3% ao ano ou ainda maior. Fique atento! O custo alto significa menor rentabilidade.
Então, qual é a opção que você escolheu para investir em títulos públicos? Comente aqui embaixo!
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Isabella Paschuini
Responsável pela comunicação e conteúdos na Vérios, Isabella é jornalista formada pela UERJ com MBA em Marketing pela FGV.
As opiniões expostas neste artigo são baseadas na visão do autor e não necessariamente refletem o entendimento do Yubb.