A cada ano, cresce o número de pessoas que começam a investir na bolsa brasileira. Em 2021, o número de investidores pessoa física chegou a 4 milhões na B3, o que representa um aumento de 26% em relação a 2020, segundo dados da Expert XP.
Mas ainda há muita gente que não conhece alguns ativos financeiros negociados na bolsa e, por isso, tem receito de dar o primeiro passo no universo da renda variável. Pensando nisso, preparamos esse conteúdo com as principais informações sobre três dos investimentos mais conhecidos da bolsa: ações, FIIs e ETFs. Confira a seguir!
Ações
As ações são títulos que representam partes de uma companhia de capital aberto, ou seja, de uma empresa que negocia os seus títulos na bolsa de valores.
Ao adquirir uma ação, o investidor se torna sócio da companhia e, dependendo do tipo do título, passa a ter determinados direitos. Por exemplo, uma ação ordinária (ON) dá direito a voto nas assembleias da empresa. Dessa forma, os investidores que têm ações ON podem interferir, em algum grau, nas decisões da companhia.
Já as ações preferenciais (PN) são as mais apropriadas para quem deseja ter uma renda passiva com investimentos. Diferentemente das ordinárias, as PN dão ao investidor o direito de receber dividendos fixos permanentes.
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Como escolher ações para a carteira?
A primeira coisa que o investidor deve considerar ao decidir adquirir ações é que esse é um investimento de longo prazo. Por isso, não dá para esperar resultados rápidos no mercado acionário.
É claro que, muitas vezes, ganhos inesperados acontecem, mas essa não é a regra. E a explicação é lógica: as ações representam partes de uma empresa, e toda empresa possui um ciclo de maturação do negócio. Além disso, há também os ciclos da economia, que influenciam a atividade da companhia. Políticas econômicas, inflação, taxa de juros, tudo isso afeta de alguma forma os resultados das empresas, o que faz com que as ações apresentem volatilidade em determinados períodos.
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Outro ponto importante é conhecer alguns indicadores financeiros utilizados pela análise fundamentalista. Esses indicadores permitem avaliar a solidez, a geração de resultados, o nível de endividamento, a distribuição de lucros, entre outros pontos.
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FIIs
Se você pensa em investir no mercado imobiliário, mas quer evitar a burocracia e custos de adquirir um imóvel, os fundos imobiliários (FIIs) são uma excelente alternativa para a sua carteira.
Assim como outros fundos de investimento, os FIIs são comercializados em cotas, que representam uma parte do seu patrimônio. Por sua vez, esse patrimônio pode ser composto por imóveis físicos (fundos de tijolo), por recebíveis do mercado imobiliários (fundos de papel), ou podem ter imóveis e recebíveis em seu patrimônio (fundos híbridos). Dependendo da composição de cada um e do momento da economia, um ou outro serão melhores para determinada situação.
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Assim como ocorre com as ações, o investidor pode ganhar com fundos imobiliários tanto pela valorização das cotas quanto pelo recebimento de dividendos. Ou seja, essa é mais uma opção para quem busca uma entrada recorrente de caixa.
Como escolher FIIs para a carteira?
Da mesma forma que as ações, os FIIs devem ser considerados para uma carteira de longo prazo. Nos fundos de tijolo, a receita vem basicamente das locações dos imóveis do fundo, e sabemos que, quando a economia retrai, isso prejudica o mercado imobiliário. Nesses momentos, a desocupação de imóveis faz com que a receita do fundo caia, o que prejudica temporariamente a rentabilidade do investimento. Por isso, o olhar para os FIIs deve ser de longo prazo, considerando esses ciclos da economia.
Em relação a aspectos específicos dos fundos imobiliários, é importante avaliar o portfólio do fundo, a gestão, as taxas de vacância, o histórico de distribuição de resultados, entre outros fatores. Confira abaixo algumas dicas:
6 indicadores de fundos imobiliários que você precisa conhecer (yubb.com.br)
5 dicas para escolher fundos imobiliários – Artigos – Yubb
ETFs
Os ETFs (Exchange Traded Funds), também conhecidos como “fundos de índices”, são investimentos que buscam acompanhar o desempenho de determinado índice ou ativo financeiro do mercado.
Esses fundos podem acompanhar acompanham índices do mercado acionário brasileiro e internacional (como Ibovespa e S&P 500), regiões e setores da economia de outros países, criptoativos, e assim por diante.
Uma das grandes vantagens de um ETF é proporcionar ao investidor diversificação da carteira de forma acessível. Isso porque é possível encontrar no mercado cotas de ETFs próximas de dez reais. Ou seja, com menos dinheiro, consegue-se uma diversificação maior do que se comprássemos diretamente esses ativos.
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Como escolher ETFs para a carteira?
De forma geral, os critérios que você utilizará para analisar os ETFs serão os mesmos usados para os outros fundos de investimento. Nesse sentido, é importante avaliar o histórico do gestor, o portfólio do fundo, as taxas cobradas, a liquidez, e assim por diante.
Lembrando que os ETFs se tornaram mais populares recentemente no Brasil, há menos de dois anos. Por isso, ainda há menos opções se compararmos a outros investimentos negociados na bolsa, e isso, muitas vezes, impacta na liquidez desses fundos.
Para saber mais sobre os ETFs, dê uma olhada também nos links abaixo!