Com a proximidade do final do ano, é normal que governos, empresas e investidores comecem a pensar no que esperar do cenário econômico para os próximos doze meses. Neste conteúdo, reunimos informações de economistas e órgãos oficiais com projeções para a economia em 2023 no Brasil e no mercado internacional. Continue a leitura e entenda o que podemos esperar do próximo cenário!

Perspectivas para a economia em 2023

Economia global

De acordo com a previsão da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), o crescimento global deverá retrair para 2,2% em 2023.

Os dados constam no relatório “Comércio e Desenvolvimento 2022”, divulgado em 3 de outubro em Genebra, sede da UNCTAD. Segundo o documento, há riscos de uma recessão global e de estagnação prolongada, que podem causar prejuízos ainda maiores do que a crise financeira de 2008. Além da guerra na Ucrânia, choques de oferta e quedas nos índices de confiança de consumidores e investidores pressionam a inflação e contribuem para a desaceleração global esperada para 2023. 

Outro ponto que deve contribuir para a retração da economia é o aumento dos juros em alguns países. Segundo o relatório, o mundo inteiro deverá ser afetado por esse cenário, mas os piores reflexos serão sentidos pelas economias mais frágeis. Isso porque, entre as nações mais pobres, 60% estão superendividadas ou próximas dessa situação.

Por isso, a UNCTAD aconselha que os países tentem controlar os preços de itens básicos, entre eles alimentos e energia. Com salários em queda e turbulência financeira, o aperto monetário (alta dos juros) pode agravar a instabilidade econômica e iniciar a estagnação em países emergentes e desenvolvidos.

Riscos de recessão na Europa e estagnação nos EUA

Segundo o Morgan Stanley, a previsão é de que as economias da zona do euro e do Reino Unido entrem em recessão em 2023. Por sua vez, é possível que os Estados Unidos fique de fora desse prognóstico, devido ao mercado de trabalho resiliente, na opinião do banco.

“A economia dos Estados Unidos apenas contorna a recessão em 2023. No entanto, o pouso não parece tão suave conforme o crescimento do emprego diminui significativamente e a taxa de desemprego continua a aumentar”, disse o relatório, que prevê uma expansão de 0,5% desse indicador em 2023.

Recuperação da China

Já a China deve apresentar recuperação de sua economia, depois da reabertura após quase três anos de restrições por causa da pandemia. Segundo analistas do Morgan Stanley, essa recuperação deverá impactar positivamente também outros mercados asiáticos emergentes.

Para 2023, a expectativa é de que a economia chinesa cresça 5%, acima da média de 3,7% esperada para os mercados emergentes. Por sua vez, o crescimento médio projetado para o G10 é de somente 0,3%.

Recuperação global permanece difícil

No mesmo relatório, o Morgan Stanley prevê uma forte separação entre economias desenvolvidas, que podem entrar em recessão ou chegar próximo disso, e economias emergentes, que se recuperam lentamente. Porém, na opinião do banco, a perspectiva de uma recuperação global ainda está longe e continua difícil.

Em 2022, bancos centrais ao redor do mundo aumentaram as taxas de juros para tentar conter a inflação. No caso dos EUA, o Morgan Stanley acredita que o Federal Reserve (Fed), deverá manter os juros dos empréstimos elevados no ano que vem, pois a inflação ainda deverá persistir. Para o banco, “o efeito cumulativo de uma política monetária rígida em 2023 se estende até 2024, resultando em dois anos muito fracos”.

Cenário nacional

Segundo especialistas, existem diversos fatores que podem atrapalhar a recuperação econômica do Brasil em 2023. Economistas ouvidos pelo portal G1 no final de outubro apontam as contas públicas como um dos mais preocupantes. No entanto, a desaceleração da atividade econômica – no Brasil e no mundo – e as chances de alta de impostos também demandam atenção.

Isso porque, com a economia retraída, a arrecadação tributária também diminui. Dessa forma, para compensar o aumento de gastos permanentes que o governo aprovou em 2022, especialistas acreditam que o próximo governo precise subir impostos.

Dividendos de estatais e alta da Selic impulsionam a arrecadação em 2022

Na mesma reportagem do G1, o economista-chefe da JGP, Fernando Rocha, lembrou que a arrecadação dos últimos meses teve impacto positivo dos dividendos de estatais acima da média. Isso porque o indicador costuma ter bons resultados em ciclos econômicos de commodities em alta. Basta observarmos os lucros recordes da Petrobras, que se beneficiou do aumento do preço do barril de petróleo no mercado internacional.

Por sua vez, o ciclo de sucessivas altas da Selic, iniciado em março de 2021, também contribuiu para o aumento da arrecadação. Somente de janeiro a setembro deste ano, o Imposto de Renda Retido na Fonte sobre Rendimentos de Capital teve arrecadação de R$ 62,6 bilhões, com alta real de 62,8%.

No entanto, analistas alertam que as projeções para 2023 mostram piora do cenário, pois boa parte do efeito de reabertura da economia já passou. Por outro lado, os juros mais altos começaram a frear a atividade, o que gera menos produção e consumo e, consequentemente, reduz a quantidade de dinheiro e de impostos no futuro.

E o que mais esperar da economia para 2023?

Esses são só alguns dos principais pontos que poderão impactar a economia no próximo ano. Que tal acompanhar notícias atualizadas sobre investimentos e cenário econômico? Isso é fácil, você só precisa seguir nosso canal no YouTube, pois lá sempre temos conteúdos atualizados sobre tudo o que está acontecendo de mais importante na economia e no mercado financeiro!

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