Se você pretende diversificar a sua carteira e está em busca das melhores ações para o longo prazo, encontrou o conteúdo certo.

Neste artigo, reunimos algumas opiniões de especialistas, de acordo com matérias divulgadas pela Toro e pelo Valor Investe em agosto e setembro. Continue a leitura, e confira quais os títulos preferidos pelos profissionais que concederam as duas entrevistas.

Mas atenção: é preciso lembrar que o mercado acionário está sempre sujeito à grande volatilidade. Por isso, as recomendações aqui presentes podem não fazer sentido amanhã, dependendo dos acontecimentos na economia. Ou seja, para que uma carteira de ações tenha bons resultados, é fundamental acompanhar as movimentações do mercado constantemente.

Dito isso, vamos às dicas dos especialistas!

Ações para o longo prazo: confira algumas boas oportunidades

Vale (VALE3)

De acordo com Regis Chinchila, analista da Terra Investimentos, o cenário dos preços do minério de ferro deve seguir apresentando volatilidade. Porém, à medida que ocorre a retomada econômica – principalmente na China – espera-se que a demanda pela commodity também retome os níveis históricos.

“Outro fator de longo prazo é a guerra entre Rússia e Ucrânia, que deve gerar maior demanda por metais para reposição de armamento bélico. O minério de ferro é uma commodity que foi muito usada nas reconstruções de países afetados por guerras no passado. Por sua vez, a Vale continua apresentando resultados operacionais fortes, apesar das últimas revisões de produção”, disse o analista ao Valor Investe.

Petrobras (PETR3)

Para Ila Arbetman, analista da Ativa, a companhia registrou “excelentes resultados no segundo trimestre”. Além disso, anunciou a distribuição de R$ 87,8 bilhões em dividendos, valor superior às expectativas do mercado, o que pode favorecer o aumento da demanda por suas ações.

“Acreditamos que uma fração deste movimento ainda não está no preço. Ademais, vemos os preços internacionais de petróleo sustentados nos próximos meses. Isso possibilitará à companhia ao longo dos próximos meses a geração de caixa operacional observada ao longo do segundo trimestre”, afirmou Abetman ao Valor Investe.

JBS (JBSS3)

Atualmente, a JBS é a segunda maior empresa global de alimentos e a maior produtora de proteína animal do mundo. Ao todo, possui mais de 400 unidades operacionais espalhadas por diversos países, e é detentora de grandes marcas nacionais e internacionais, como Seara, Friboi, Plumrose, Maturatta, Just Bare, entre outras.

De acordo com a equipe de analistas da Toro, o aumento da demanda mundial por proteína animal favorece a companhia. Além disso, a JBS mostra-se bastante resiliente dentro do setor. Inclusive, realizou um programa de recompra de ações no ano passado, com o objetivo de gerar valor para o acionista.

Outro ponto que fez os analistas da Toro incluírem a companhia entre as melhores ações para o longo prazo foram as valiosas aquisições que ela realizou. Nesse sentido, destacamos Huno – segunda maior empresa de cultivo de salmão da Austrália – e Kerry – líder na produção de refeições prontas no Reino Unido.

Yduqs (YDUQ3)

A Yduqs possui mais de 50 anos de mercado, e é a sucessora da antiga Estácio. Atualmente, possui mais de mil pólos educacionais em centenas de cidades brasileiras, sendo um dos maiores grupos de educação superior privada nacional em número de alunos.

Para os analistas da Toro, a Yduqs tem uma excelente política de aquisições de outras empresas do setor. Alguns exemplos são Ibmec, Damásio e QConcursos, adquiridas recentemente pela companhia.

Além disso, o time da Toro ressalta também o destaque da empresa no processo de digitalização, intensificado durante a pandemia. Isso dá condições de atender às demandas de cursos cada vez mais práticos e flexíveis no mercado de educação.

Gerdau (GGBR4)

De acordo com os analistas da Ágora, a Gerdau tem feito boas alocações de capital, e foi um dos destaques em termos de resultados do último trimestre. Nesse sentido, a equipe salientou as fortes margens das operações nos EUA, e ainda declararam ao Valor Investe que “os preços dos papéis estão mais baratos do que seria considerado justo”. Ou seja, há um bom potencial de valorização para as ações da companhia.

Já Alexandre Marques Filho, da Elite, destacou o trabalho da empresa no sentido de diminuir sua dívida. “Isso deve se refletir em bons resultados nos próximos trimestres, além de abrir possibilidade para que a empresa continue distribuindo dividendos atrativos, o que atrai mais investidores”, disse ao Valor.

Equatorial (EQTL3)

Segundo os analistas da MyCap, a Equatorial deve ter vantagens mesmo em momentos de instabilidade. Isso porque a companhia atua em diferentes segmentos, como energia, saneamento e telecomunicações, por exemplo.

“A empresa tem como principal estratégia a expansão da atuação nos segmentos de distribuição, transmissão e geração de energia, operando via diferentes subsidiárias, com aquisição do controle, este podendo ser compartilhado, no segmento elétrico com entrada em renováveis. Julgamos que seus serviços essenciais continuarão sendo demandados, mesmo em cenários de contração econômica”, declarou o time da MyCap em nota ao Valor Investe. 

Banco do Brasil (BBAS3)

Sobre o Banco do Brasil, o time da MyCap afirmou que os resultados positivos do segundo trimestre fizeram com que as ações se mantivessem em sua lista de recomendações. Fortalecem as perspectivas positivas para o papel a manutenção do anúncio do anúncio de novas linhas de créditos para pequenas e médias empresas, com destaque para atendimento ao setor de agronegócios, além do entendimento de elevação do crédito consignado”, declarou a equipe ao Valor Investe.

“A companhia deverá continuar se beneficiando com planos de auxílios a população e reajustes salariais e ela tem se provado resiliente mesmo em cenários desafiadores”, acrescentam os analistas. Além disso, consideram que  as ações do banco são mais descontadas em relação ao que seria considerado justo do que os papéis de seus concorrentes. Considerando a contínua melhoria operacional do banco, os analistas da MyCap afirmam que seus títulos “devem render elevados retornos aos acionistas”.

Conte para nós: você já investe em alguma dessas ações? Sobre que outras companhias ou segmentos gostaria de mais informações? Deixe abaixo os seus comentários!