Para conseguirmos nos livrar de dívidas, é preciso muito comprometimento e disciplina. Porém, muitas vezes, isso não é tão fácil, principalmente quando surge algum imprevisto que nos obriga a gastar além do que o orçamento permite.

Se você está precisando de ideias para se livrar de dívidas, confira a seguir as sete dicas que preparamos!

1 – Faça um mapeamento das suas dívidas

A primeira coisa a fazer é tirar um tempo para anotar todas as dívidas. Cheque especial, cartão de crédito, mensalidades escolares, contas em atraso (se houver), e por aí vai.

É importante também colocar tudo em uma linha de tempo, desde o início das primeiras dívidas até o vencimento no prazo mais longo, e tudo separado mês a mês. Dessa forma, você conseguirá saber exatamente para onde o seu dinheiro vai, e saberá o quanto dos seus gastos precisará cortar para se livrar das dívidas.

2 – Estabeleça prioridades

Teoricamente, não há um grau de importância entre as dívidas, pois todas elas precisam ser pagas, certo? No entanto, você precisa saber quais são as dívidas mais caras que você possui (como cheque especial ou parcelamento do cartão) ou as mais importantes (como uma hipoteca, por exemplo) e priorizar a sua liquidação ou, ao menos, o seu parcelamento.

Logicamente, essas prioridades devem se estender também aos seus hábitos de consumo. Se você está pensando em algum novo gasto, como viajar ou adquirir algo para a casa, por exemplo, provavelmente não seja adequado fazer isso com dívidas a serem pagas, certo?

3 – Negocie com os seus credores

Depois de ter levantado todas as suas dívidas e identificado quais são as mais importantes ou urgentes, o próximo passo é decidir como irá pagá-las. Dependendo da dívida, será interessante você negociar com um ou mais credores, para conseguir descontos e/ou um bom prazo para o pagamento.

Porém, só procure os seus credores quando você souber exatamente quanto pode pagar e de que forma fará isso. É claro que você não definirá sozinho, afinal é para isso que existem as negociações. No entanto, quando você conhece a sua capacidade financeira, a sua argumentação tem mais credibilidade, e você não corre o risco de fazer uma negociação que não possa honrar, o que certamente será ruim para o seu nome no mercado em termos de crédito.

4 – Avalie mudar o perfil da dívida

A melhor opção sempre é liquidar totalmente as dívidas com recursos próprios. Porém, dependendo do grau de endividamento, pode ser bem difícil (ou até impossível) pagar tudo o que se deve sem recorrer a alguma fonte de financiamento.

Nessas horas, mudar o perfil da dívida pode ser a melhor saída. Ou seja, trocar o negativo do cheque especial e o parcelamento do cartão de crédito, por exemplo, por um empréstimo bancário com parcelas mensais e um bom prazo para pagamento. Isso não resolverá completamente o problema, mas pagar parcelas mensais em um bom prazo dará mais fôlego ao orçamento. Além disso, a dívida se torna mais barata, pois os juros de um empréstimo parcelado são infinitamente menores do que os do cheque especial ou rotativo do cartão.

5 – Informe-se sobre a portabilidade de crédito

Digamos que você fez o que descrevemos acima (tomou um empréstimo em condições melhores para liquidar as dívidas). Porém, tempos depois, descobriu que outro banco oferecia taxas mais baixas para a mesma operação.

Nessa situação, você pode tentar a portabilidade de crédito, ou seja, a transferência do empréstimo para outra instituição. Nem todos conhecem essa operação, mas desde 2013 o Banco Central autoriza que a portabilidade de crédito seja feita entre instituições financeiras.

É importante que você saiba que a portabilidade é um direito seu, pois o seu banco não pode lhe impedir de levar o empréstimo para outra instituição. No entanto, nenhum banco é obrigado a lhe aceitar como cliente. Para que a sua portabilidade seja aceita por uma nova instituição, haverá um processo de análise de crédito, e cada banco possui os seus próprios critérios para isso.

6 – Envolva a sua família no assunto

Muito tem se falado sobre a educação financeira nos últimos tempos. Inclusive, o tema passou a ser obrigatório nas escolas brasileiras desde o ano passado, com o objetivo de despertar as gerações mais jovens para a importância do planejamento financeiro e do consumo consciente.

Apesar disso, ainda são poucas as famílias que discutem questões financeiras em casa, ou que procuram fazer os filhos participarem das finanças domésticas. Isso não ajuda em nada o planejamento financeiro; ao contrário, só dificulta o controle de gastos, pois impede as crianças de aprenderem, desde cedo, o valor do dinheiro e a importância de economizá-lo.

Por isso, habitue-se a envolver a sua família no planejamento financeiro. Além de tomarem consciência das finanças, todos se sentirão engajados e responsáveis pelo patrimônio da casa.

7 – Modifique hábitos de consumo

Depois de envolver a família no assunto, é hora de todos pensarem juntos de que forma se pode economizar para ajudar a cortar dívidas.

Mesmo quem não é consumista tem algum hábito de consumo, certo? Pode ser aquela marca preferida no supermercado, a operadora de internet ou os canais de streaming que estamos acostumados a assistir. Porém, algumas vezes, trocar essas empresas ou testar novas marcas e produtos podem gerar uma economia razoável. Logo, esteja sempre atento a esses detalhes. Habitue-se a conferir a fatura da internet, cheque os valores da Netflix, Amazon ou qualquer outro streaming que você utiliza, enfim, seja vigilante com esses “pequenos” gastos, pois o acumulado de meses ou anos faz muita diferença.

E então? Gostou de nossas dicas? O que mais você faz para se livrar de dívidas? Deixe os seus comentários abaixo!