O robô de investimento, também chamado de robô investidor, é uma grande tendência do mercado financeiro nos dias de hoje.
Cada vez mais, essa tecnologia tem sido utilizada para investir em diversos tipos de ativos, desde ações a criptomoedas, por exemplo. Um levantamento da TradeMachine realizado em 2020 mostrou que cerca de 6% dos investidores brasileiros já utilizavam esses robôs em suas carteiras.
Com o robô investidor, pode-se otimizar o tempo gasto nas negociações, pois ele funciona de forma autônoma, com parâmetros predefinidos. Logo, não há necessidade de que alguém fique observando o mercado para que as operações sejam realizadas.
A seguir, veremos como funciona essa tecnologia e quais as vantagens e desvantagens que ela oferece ao investidor. Continue a leitura e confira!
O que é um robô de investimento?
Basicamente, robôs de investimentos são softwares que utilizam algoritmos para executar transações de ativos financeiros. Essa tecnologia é programada para que operações de compra e venda sejam repetidas sob determinadas condições de mercado. Isso facilita a vida do investidor, que não precisa passar horas na frente do home broker para que possa realizar essas transações.
Para que executem essas operações, os programas dos robôs devem ser alimentados com dados que definam as estratégias a serem utilizadas. Por exemplo, é necessário imputar nesses programas o stop gain (limite para ganhos), stop loss (limite para perdas) e o momento certo para fazer as negociações. Dessa forma, o robô de investimento pode comprar ou vender um ativo financeiro quando ele chega no valor desejado.
Tipos de robôs de investimento
Existem dois tipos de robôs de investimentos no mercado: o robô trader e o robô advisor. A seguir, entenda como funciona cada um deles.
Robô trader
Como o nome sugere, o robô trader opera de forma semelhante aos traders, comprando e vendendo ativos com o objetivo de ganhos no curto e curtíssimo prazo. Além de ações e outros ativos da bolsa, esses robôs também podem operar com criptoativos.
Robô advisor
No caso do robô advisor, o foco do investimento é o médio e longo prazo. Nesse sentido, eles acompanham o desempenho da carteira do investidor em diferentes ativos, de acordo com o seu perfil de risco.
Esse tipo de robô é indicado para investidores que costumam diversificar o patrimônio em diferentes classes de ativos, e que não têm muito tempo para fazer a gestão da carteira.
Vantagens e desvantagens dos robôs de investimentos
É importante conhecer as vantagens e desvantagens dessa tecnologia. Veja agora as principais.
Vantagens
Uma das maiores vantagens de utilizar essa tecnologia é o tempo que o investidor ganha nas transações. Isso porque o processo é totalmente digital e automatizado, não dependendo de outras pessoas para que compras ou vendas sejam executadas nos momentos predefinidos.
Essa automação leva a outro ponto positivo: a possibilidade de redução de custos nos investimentos. Uma vez que o processo é completamente digital, as taxas podem ser bastante reduzidas quando comparadas ao sistema tradicional.
É importante considerar também que, no caso dos robôs, não há influências externas na escolha dos ativos. No caso dos bancos, há sempre a tendência de o gerente direcionar a aplicação para a modalidade mais interessante para a instituição. Já nas corretoras, os assessores ganham de acordo com a rentabilidade da carteira dos clientes. Nenhuma dessas duas situações ocorre com a utilização de um robô de investimentos.
Desvantagens
Assim como auxilia os investimentos no sentido de conferir mais praticidade às operações, os robôs acabam restringindo a liberdade do investidor. O rebalanceamento da carteira, por exemplo, acaba ficando prejudicado, pois esse é um processo que depende de uma revisão pessoal dos ativos.
No artigo abaixo, entenda o que é e qual a importância do rebalanceamento da carteira.
Outra desvantagem apontada é o fato de, logicamente, os programas não serem infalíveis. Inclusive, alguns mais resistentes à tecnologia defendem que, se de fato os robôs fossem um bom negócio, seriam maciçamente utilizados pelos grandes bancos de investimentos ao invés de, simplesmente, disponibilizados em plataformas digitais.
Ou seja, a decisão de utilizar ou não os robôs de investimentos devem levar em conta diversos fatores, os quais têm pesos diferentes a depender do perfil de cada investidor.
Cuidados necessários ao utilizar robôs de investimentos
Com o avanço da tecnologia e a maior utilização da internet, os golpes financeiros têm sido cada vez mais comuns. E, apesar de todos os alertas recebidos e cuidados tomados, não são raras as histórias que chegam até nós sobre novas fraudes.
Para agravar esse quadro, é cada vez maior a quantidade de famosos e influenciadores digitais que fazem propagandas de serviços e investimentos milagrosos em suas redes sociais. E os atrativos anunciados são diversos: facilidade para investir, descontos para participar de plataformas vitalícias e de grupos vips, e assim por diante.
Em julho deste ano, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) falou sobre o esquema “Ponzi” em seu relatório de proteção ao investidor. Segundo o órgão, esse esquema promete lucros elevados no curto prazo e, diferentemente das pirâmides, não pede que se recrutem participantes. Por isso, o esquema acaba tendo uma aparência de investimento, pois o dinheiro é entregue a uma pessoa que se compromete em fazê-lo render acima do mercado.
De acordo com os dados mais recentes da CVM sobre o assunto, levantados em 2020, esse tipo de crime cresceu mais de 76% em relação a 2019. Por isso, apesar das facilidades tecnológicas no mundo dos investimentos, todo cuidado é pouco.
E então, conte para nós? Você já utilizou um robô de investimento? O que você acha dessa tecnologia?