Nos últimos anos, os fundos imobiliários (FIIs) foram um dos investimentos mais procurados entre os investidores de renda variável. E uma das categorias de FIIs que proporcionam grandes chances de rentabilidade são, justamente, os fundos de desenvolvimento.
Nesse artigo, a gente vai falar um pouco sobre essa categoria de FII, que pode ser uma excelente opção para a diversificação da carteira. Então, se você se interessa pelo mercado de fundos imobiliários, acompanhe a leitura e conheça os fundos de desenvolvimento!
Para começar, o que são fundos de desenvolvimento?
Antes de mais nada, se você se interessa por fundos imobiliários, é importante saber que existem diferentes tipos de FIIs nos quais você pode investir. Clique aqui e saiba mais sobre o assunto.
Os fundos de desenvolvimento são a categoria de FIIs que investe na construção de imóveis para venda ou para arrendamento. Nesse sentido, esses fundos se assemelham às empresas de engenharia e construção civil.
Ou seja, eles adquirem terrenos nos quais serão construídos os imóveis que irão compor o patrimônio do fundo. Depois de prontos, esses imóveis serão locados ou postos à venda, e o resultado dessas negociações será a remuneração do fundo.
Como funcionam os fundos de desenvolvimento?
Para entender como funcionam os fundos de desenvolvimento, precisamos conhecer as suas principais características. Acompanhe a seguir:
Riscos
Por investirem recursos em projetos iniciais, os fundos de desenvolvimento apresentam mais risco do que alguns outros tipos de FIIs. Afinal, normalmente os empreendimentos imobiliários demoram alguns anos para serem concluídos, e muita coisa pode acontecer durante esse período.
Nesse sentido, poderão ocorrer problemas com licenças ambientais ou sanitárias, ou com a própria construtora, caso ela estoure o orçamento da obra ou passe por alguma crise financeira, por exemplo. Isso tudo pode atrasar, ou mesmo, paralisar a construção por longos períodos, o que são fatores de risco para esses fundos.
No entanto, um dos fatores que mitigam o risco dos fundos de desenvolvimento é o fato de eles não utilizarem alavancagem. Isso significa que, para compor o patrimônio do FII, esses fundos utilizam somente o dinheiro que efetivamente têm em caixa.
Potencial de valorização
Outra característica desses fundos é o potencial de valorização que oferecem aos cotistas. Isso porque os gestores de fundos de desenvolvimento costumam adquirir os terrenos um bom tempo antes de os imóveis começarem a ser construídos. E sabemos que, na maioria das vezes, isso é muito mais vantajoso do que comprar um imóvel pronto em bom estado e boa localização, não é mesmo?
Estratégias flexíveis
Os gestores dos fundos de desenvolvimento podem adotar estratégias flexíveis em relação ao patrimônio desses FIIs. Isso porque, como vimos, os imóveis desses fundos podem gerar lucro tanto pela venda quanto pela sua locação.
Quando os imóveis são residenciais, normalmente eles são vendidos logo após o término do projeto. No entanto, lajes corporativas, galpões logísticos e outros prédios comerciais costumam permanecer no patrimônio do fundo, com receitas provenientes de locações.
Quando esses imóveis são destinados à locação, existe uma forma de dar mais segurança ao investidor, que são os contratos atípicos. Clique aqui e saiba mais sobre isso.
Renda mínima garantida
Os FIIs de desenvolvimento costumam oferecer ao investidor uma renda mínima garantida (RMG). Trata-se de uma forma de incentivá-los a permanecer no fundo durante o prazo de construção do empreendimento, que costuma ser longo.
Ou seja, a renda mínima garantida é uma forma de o investidor garantir um recebimento periódico de recursos enquanto os imóveis não estão concluídos. No entanto, é questionável se isso de fato pode ser considerado um benefício, já que, na maioria das vezes, trata-se de recursos do próprio investidor que voltam para o seu bolso.
Pagamento de dividendos
Por fim, os imóveis dos FIIs de desenvolvimento que não são vendidos permanecem no patrimônio do fundo para serem alugados. Dessa forma, segundo o regulamento de cada fundo, os cotistas podem receber dividendos periódicos, que representam os aluguéis recebidos por esses fundos.
Ou seja, os fundos de desenvolvimento também são uma boa alternativa para quem procura uma renda passiva com investimentos. Se você quiser saber mais sobre o assunto, dê uma olhada neste artigo.
Mas afinal, vale a pena investir em fundos de desenvolvimento?
Uma das grandes vantagens dos fundos imobiliários de desenvolvimento é o potencial de rentabilidade que oferecem. Nesse sentido, esses FIIs chegam a superar o IFIX em muitos momentos.
Por outro lado, não há como desconsiderar os riscos desses fundos imobiliários. Como vimos, um empreendimento imobiliário está sujeito à diversas variáveis durante a sua execução. Muitas dependem da própria construtora, como saúde financeira e idoneidade, por exemplo. Já outras são fatores sobre os quais nem a construtora nem o fundo podem ter alguma ingerência, como crises financeiras e retração da economia. Nesse caso, não só os FIIs de desenvolvimento, mas também outros tipos de fundos imobiliários podem sofrer com a vacância, tanto física quanto financeira dos imóveis.
Por isso, os fundos de desenvolvimento são indicados para investidores de perfil mais arrojado ou agressivo.
Esperamos que esse artigo tenha ajudado a entender os fundos de desenvolvimento. Nos links abaixo, a gente indica mais materiais sobre fundos imobiliários!