Você tem interesse em investir em fundos de investimentos, mas não sabe o que deve analisar nesse tipo de aplicação? No post de hoje, vou te falar sobre alguns tópicos importantes sobre como escolher fundo de investimento.
Este texto é uma continuação de um post que fizemos há algumas semanas, lá falamos sobre: gestor, taxas, indicador de referência e liquidez. Para ler a parte 1, clique aqui.
Os tópicos que vamos abordar aqui, são:
1. Tipo de fundo;
2. Lâmina;
3. Aplicação inicial;
4. Rating;
5. Histórico;
Fundos de investimentos são uma boa opção para investidores iniciantes (mas também para os experientes) e para quem procura diversificar a carteira sem que precise dedicar muito tempo para analisar diversos ativos.
Eles funcionam basicamente como um condomínio: os investidores são os inquilinos que, quando juntam seus recursos, formam o patrimônio do fundo.
Esse patrimônio é utilizado para adquirir ativos e o tipo de ativo vai depender do objetivo de cada fundo. E esse é um dos tópicos que deve ser analisado pelo investidor, antes de escolher onde investir.
1. Tipos de fundos
Assim como qualquer investimento, cada fundo possui um propósito. Existem fundos de investimentos conservadores, moderados e arrojados.
Esse é um quesito que é necessário muita atenção, pois o tipo de fundo vai indicar qual é o retorno que aquela aplicação pode ter.
Para quem gosta do mercado de ações, mas tem pouco tempo para montar uma carteira e analisar cada ativo, existem os fundos de ações.
Para os investidores conservadores, que ainda não têm tanta facilidade com o mercado de renda variável, existem os fundos de renda fixa. Que são aqueles que possuem, obrigatoriamente, 80% das suas aplicações em renda fixa.
Além dessas duas opções, também existem os fundos multimercado, esses têm uma característica bem interessante, eles mesclam aplicações distintas. A carteira desse fundo pode ter tanto ações, quanto investimento em moeda e em títulos de renda fixa.
Uma outra opção são os fundos cambiais, esses são escolhidos, normalmente, pelos investidores que possuem preocupação em aplicar em opções que protejam seu dinheiro das variações cambiais.
E por fim, mas não menos importante, temos os fundos imobiliários, que estão tornando-se uma das principais escolhas entre os investidores que querem diversificar a carteira e aplicar no setor imobiliários.
Ao decidir em qual tipo de fundo de investimento aplicar, a primeira coisa a se fazer é saber em qual tipo de ativo ele aplica, assim ficará mais fácil entender suas possíveis rentabilidades.
Logo após fazer isso, é necessário buscar informações mais específicas, para isso existe a lâmina do fundo.
2. Lâmina
A lâmina é uma peça fundamental na escolha do fundo, pois ela contém informações muito úteis sobre o ativo.
Elas são disponibilizadas no site das gestoras e são de fácil acesso. Na lâmina, os principais dados que você encontra, são:
– Para qual público se destina o fundo;
– Taxas;
– Política de investimento;
– Composição da carteira;
– Histórico do fundo;
– Aplicação mínima;
Quando você tem acesso à esses elementos, o processo de escolha fica mais prático. E dentro da lâmina você encontrará três informações essenciais, que falaremos a seguir.
3. Aplicação inicial
Cada fundo de investimento possui um valor estipulado para a primeira aplicação. Esse valor deve ser usado de algumas formas pelo investidor.
Primeiro, para comparar com outras opções, a partir de todos os dados obtidos, é possível entender se o valor do ativo está de acordo com o que as rentabilidades prometidas pelo fundo.
Segundo, para que o investidor consiga programar sua vida financeira de acordo com os aportes que fará naquele investimento, seja um aporte único ou mensal.
É interessante saber que existem fundos de investimentos com aplicação inicial bem diversas, desde R$ 100 nos mais simples, até R$ 10 mil, nos mais arrojados. O investidor escolhe aquele que se adequa melhor às suas necessidades.
4. Rating
Outro fator para ser analisado é o rating do fundo. Rating, significa avaliação. E assim como o nome já indica, é uma nota dada por agências que classificam os riscos de um investimento.
Essa nota é utilizada pelos investidores para entender quais são as chances de um fundo honrar com suas obrigações financeiras. Dessa forma, é possível entender o quadro financeiro da administradora do fundo e sua solidez.
Para finalizar, mesmo que rentabilidade passada, não seja sinônimo de rentabilidade futura, o histórico de um fundo é um quesito que deve ser levado em consideração.
5. Histórico
Saber como qualquer tipo de investimento se comporta em diferentes momentos, é essencial para medir a possibilidade de ganhos com aquela aplicação.
Pois mesmo que não exista uma forma de prever como um investimento em renda variável vá se comportar, é possível saber como foi seu desempenho em outras situações parecidas, seja em momentos de crise ou de comportamento positivo do mercado.
Dessa forma, também é possível saber mais sobre a eficiência do gestor, que é o principal responsável por fazer com que o fundo alcance o objetivo inicial, independente do benchmark.
Olhando tantos tópicos, pode parecer difícil escolher fundos de investimentos, mas como mencionei, boa parte dessas informações o investidor encontra na lâmina disponibilizada pela administradora do fundo.
É importante analisar com calma os dados fornecidos e fazer comparações, para estar mais seguro(a) da sua decisão e aumentar as chances de um retorno positivo.