Se você também é um entusiasta das criptomoedas, mas ainda tem receio de investir nesses ativos, dá só uma olhada nas sete dicas que preparamos para que você possa iniciar nesse universo com mais segurança. Acompanhe a seguir!

1 – Conheça o seu perfil de investidor

Antes de pensar em adquirir criptomoedas, a primeira coisa que você deve fazer é se certificar de que o seu perfil de investidor é próprio para esse ativo.

Mesmo quem não conhece bem o mundo cripto, sabe que a volatilidade dos ativos virtuais é bastante alta e descorrelacionada de outros investimentos. Ou seja, as criptomoedas não acompanham o sobe e desce da bolsa ou as oscilações dos títulos de renda fixa. Por isso, para lidar bem com os altos e baixos dos criptoativos e não perder o sono com quedas abruptas em determinados momentos, é preciso ter um perfil de investidor mais arrojado.

2 – Entenda os projetos das criptomoedas

Outra importante dica para investir sem medo em criptomoedas é conhecer o projeto do ativo. Qual o propósito de existência da criptomoeda e a sua utilidade para as pessoas de forma geral? Quem está por trás do seu desenvolvimento? Há pesquisadores e/ou financiadores trabalhando em melhorias contínuas para os usuários? Existe uma quantidade limite de emissão do ativo? Essas são algumas das perguntas que podem lhe ajudar a escolher um projeto perene, que sobreviva aos momentos de bear market comuns nesse tipo de ativo.

3 – Não se deixe influenciar por modismos

Esse ponto só reforça o anterior, no qual falamos da importância de priorizar bons projetos de criptomoedas. Atualmente, existem milhares de projetos de criptomoedas, porém muitos deles são fraudes justamente por não possuírem fundamentos claros e bem determinados.

Normalmente, bons projetos costumam reunir uma grande comunidade de apoiadores. Esses nomes costumam divulgar ações no site e nas redes sociais dos criptoativos, e essas informações acabam formando uma boa e crescente base de investidores.

Outro ponto que ajuda a selecionar projetos sólidos e fugir de modismos perigosos é a postura de grandes corretoras em relação às criptomoedas. é claro que existem bons projetos ainda pouco conhecidos, e, por isso, ainda não estão disponíveis nas grandes exchanges. Mas, teoricamente, as grandes corretoras acabam trabalhando com os criptoativos mais confiáveis. Portanto, se você está iniciando nesse universo, um bom filtro é começar com as criptomoedas listadas nas maiores exchanges do mercado.

4 – Comece com pouco

No início de 2022, Changpeng Zhao, CEO da Binance, participou de uma live do banco ODDO BHF na qual falou sobre diversos assuntos relacionados à tecnologia blockchain e ao mundo cripto em geral.

Um dos conselhos que Zhao deu aos novos investidores é que comecem com pouco dinheiro. Para o CEO, o ideal é que se inicie a investir em criptomoedas com menos de 1% do patrimônio, para entender primeiro como a tecnologia funciona.

“A primeira coisa que eu recomendaria para quem é novo nas criptomoedas é começar bem pequeno. Use menos de 1% de sua riqueza, ou menos, dependendo de quão rico você é. Não invista grandes quantias, há grandes questões de segurança que você precisa estar ciente para guardar suas criptomoedas em segurança”, disse o CEO da Binance.

5 – Comece com criptomoedas estáveis

Se, mesmo já tendo conhecido com mais detalhes os projetos sérios de criptomoedas, você ainda estiver muito preocupado com a volatilidade desse mercado, uma dica é começar pelas stablecoins – as moedas digitais estáveis.

Teoricamente, as stablecoins possuem lastro em outros ativos, que podem ser moedas fiduciárias, ativos financeiros como o ouro, por exemplo, ou até mesmo outros criptoativos. Dependendo do ativo que dá lastro à stablecoin, as suas oscilações podem ser bem mais amenas do que às de outros criptoativos.

Em outras palavras, uma moeda estável atrelada ao dólar acompanhará a oscilação da moeda ao longo do tempo. O mesmo vale para o ouro ou para qualquer outro ativo no qual a stablecoin esteja apoiada.

6 – Acompanhe o mercado cripto

Diferentemente de outros ativos financeiros, as criptomoedas são negociadas no mundo inteiro durante 24 horas e sete dias por semana. Além disso, há também a volatilidade desses ativos, bem superior à de investimentos tradicionais, conforme vimos anteriormente. Lembrando que, o tempo todo, surgem novos projetos e atualizações nos já existentes, o que demanda muita atenção dos investidores.

Tudo isso faz com que seja muito importante acompanhar com regularidade esse mercado para que se possa investir com mais segurança. Para isso, existem diversos aplicativos e sites que trazem informações atualizadas para facilitar a vida dos investidores. Alguns dos mais conhecidos são CoinmarketCap, Blockfolio, Nomics, Cointelegraph Brasil, Coinglass, TradingView, entre outros. Esses aplicativos e sites ajudam a não passarem despercebidas importantes informações na hora de investir em criptomoedas.

7 – Tenha foco no longo prazo

Da mesma forma que qualquer ativo de renda variável com alta volatilidade, as criptomoedas devem fazer parte da estratégia de longo prazo dos investidores.

Ao ter um olhar de longo prazo, o investidor conseguirá estar mais preparado para o inverno cripto, aquele período no qual o bitcoin sofre fortes correções e que, historicamente, dura cerca de um ano.

Em junho desse ano, o CEO da gestora Hashdex, Marcelo Sampaio, disse em entrevista ao portal Exame que o mercado de criptoativos está sofrendo pressões de fatores externos agravados por eventos internos ao setor. No entanto, na sua opinião, o desenvolvimento tecnológico oferece uma perspectiva positiva de longo prazo, em que pese o sentimento de pânico ainda poder causar alguns estragos no mercado cripto.

Para Sampaio, a inflação nos EUA é um importante fator externo que impacta as criptomoedas nesse momento. Nesse sentido, o aumento de juros no país e a aversão ao risco fizeram com que grandes investidores liquidassem suas posições em busca de investimentos mais seguros.

Por outro lado, do ponto de vista interno às criptos, o executivo dá o exemplo do protocolo Lunc (antigo Terra), responsável por perdas diretas de cerca de R$ 40 bilhões dos investidores. Isso respingou também no bitcoin, que caiu bastante na ocasião.

Por outro lado, o CEO destacou boas notícias relacionadas ao desenvolvimento dos protocolos de finanças descentralizadas (DeFi), em detrimento da quebra de empresas ou projetos centralizados. Na sua opinião, as boas notícias superam as más no mundo cripto, e, por isso, acredita ser uma sábia decisão do investidor permanecer com suas posições no longo prazo.

Para saber mais sobre critptoativos, acompanhe também a nossa seção especial de criptomoedas!