A análise técnica (ou gráfica) auxilia a identificar o movimento de preços de um ativo a partir da observação de gráficos. E essa análise é feita por meio da avaliação de indicadores técnicos.

Basicamente, esses indicadores permitem projetar mudanças futuras de preços. Dessa forma, os investidores conseguem identificar oportunidades de compra ou venda de determinados ativos.

Conheça 6 indicadores técnicos

Atualmente, existem diversos indicadores técnicos que são utilizados por traders e investidores. É importante saber que nenhum deles oferece 100% de assertividade, mas sim auxiliam na melhor tomada de decisão na hora de escolher os ativos.

A seguir, conheça alguns dos principais e mais populares indicadores técnicos do mercado.

1 – Suporte e resistência

Os indicadores de suporte e resistência estão entre as principais ferramentas da análise técnica. Isso porque eles permitem identificar possíveis limites quanto à queda (suporte) e aumento (resistência) dos preços.

Quando falamos em suporte, estamos nos referindo ao momento em que a força compradora supera a vendedora. Teoricamente, quando isso ocorre, o preço do ativo para de cair.

Por outro lado, na resistência acontece o oposto. Ou seja, é a força vendedora que supera a compradora. Dessa forma, o preço do ativo encontra um limite e não sobe mais.

Dependendo da força e direção da tendência, pode ser que ocorra a perda do suporte ou o rompimento da resistência. Quando isso ocorre, temos uma inversão. Ou seja, o suporte passa a ser a nova resistência e a resistência se torna o novo suporte.

Dois exemplos de indicadores de suporte e resistência são o Keltner Channel e as Bandas de Bollinger. Clique abaixo para conhecer melhor cada um deles.

Keltner Channel: o que é e como funciona? – Artigos – Yubb

Bandas de Bollinger: o que é e como funciona? – Artigos – Yubb

2 – Volume financeiro

Como o nome indica, o volume financeiro está relacionado ao volume de dinheiro que foi transacionado em determinado momento. Por isso, ele é bastante útil para confirmar tendências ou rompimentos de suporte ou de resistência.

Quando há um maior volume de compra ou venda, isso pode ser indicativo de formação ou reversão de uma tendência. Observar o volume financeiro é uma boa forma de confirmar o que apontam outros indicadores técnicos.

3 – Médias móveis

Outros importantes indicadores técnicos são as médias móveis, também muito utilizadas por traders e investidores.

O cálculo das médias móveis é feito a partir dos preços dos ativos ao longo do tempo. Nesse sentido, elas visam entender como o preço de um ativo se comporta em um período, ao invés de analisá-lo somente no dia da operação.

Ao analisar a evolução do preço, as médias moveis conseguem identificar possíveis distorções nesses valores. Por exemplo, se a média apontar para cima, isso pode ser indicativo de um sinal de compra. Por outro lado, se ela está apontando para baixo, é possível que isso seja um sinal de mercado vendido.

Assim como os indicadores anteriores, as médias moveis servem para identificar continuidade ou a interrupção de uma tendência. Dessa forma, também ajuda o investidor a definir se há oportunidade de entrada ou saída em determinado ativo.

As duas formas de cálculo mais comuns de médias móveis são a simples (ou aritmética) e a exponencial. No caso da média simples, todos os preços têm o mesmo peso no cálculo, e são somados e divididos pelo número de períodos. Já na média móvel exponencial, os preços mais recentes possuem pesos maiores. Dessa forma, se existe uma volatilidade pontual, isso acaba impactando mais os resultados.

4 – MACD

MACD é a sigla para Moving Average Convergence Divergence, ou média móvel convergente divergente. Esse indicador também tem foco nas médias móveis, mas dá ênfase ao modelo exponencial.

De forma geral, o MACD possibilita reconhecer de maneira mais fácil possíveis tendências de preços dos ativos. O seu cálculo se baseia em duas médias móveis: uma convergente e outra divergente. Normalmente, quando há divergências, isso aponta para uma reversão de tendência. Por outro lado, pontos de interseção podem indicar um bom momento para a entrada nos ativos.

5 – Índice de Força Relativa (IFR)

O IFR é um índice de oscilação, que visa principalmente mostrar a intensidade de algum movimento do mercado. Para isso, ele indica regiões de sobrecompra ou sobrevenda de um determinado ativo. Dessa forma, o investidor consegue observar possíveis momentos de reversão na tendência.

A escala do IFR varia de 0 a 100, e a demarcação das zonas de sobrecompra e sobrevenda é feita entre 30 e 70. A região considerada sobrecompra, que é onde o papel tende à queda para retornar a um padrão adequado para negociação, é acima de 70. Já a sobrevenda, na qual há expectativa de alta do ativo, fica abaixo de 30.

Apesar de a escala 30 – 70 ser o padrão, ela não é necessariamente fixa. Ou seja, o investidor ou trader pode alterá-la de acordo com a forma com que realiza a análise.

6 – Parada e Reversão Parabólica

Esse é um dos mais complexos indicadores da análise técnica. O PSAR leva em consideração a ação de preço e a decadência do tempo na sua fórmula.

Esse indicador técnico é baseado na tendência do preço. Nesse sentido, ele cria uma curva parabólica no gráfico cambial, com pontos que se localizam acima ou abaixo do preço do ativo. Dessa forma, auxilia os traders a encontrarem tendências de rentabilidade potencial.

Ao utilizar o PSAR, um trader interpretaria a sua movimentação da seguinte forma: quando os pontos estão abaixo das linhas, posições compradas (long positions) são abertas. Já quando os preços se movem abaixo de um ponto, é revertida a tendência é revertida, e os traders podem abrir posições vendidas (short positions).

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