Com a Selic em alta, a renda fixa volta aos holofotes em 2022. O fato de esses investimentos oferecerem rendimentos de quase 1% ao mês faz com que o público em geral reavalie os riscos da renda variável neste ano.
Mas, entre tantas opções, quais as melhores alternativas de renda fixa para o ano? A seguir, selecionamos cinco categorias de títulos de renda fixa nos quais vale a pena ficar de olho em 2022. Continue a leitura e confira a seguir!
Tesouro Direto
Quando se fala em renda fixa, uma das categorias mais lembradas desse tipo de investimento são os títulos do Tesouro Direto.
Ao adquirir um desses títulos, basicamente o investidor está emprestando dinheiro para o governo federal em troca de uma remuneração. Como o garantidor é o próprio país, esse é considerado o investimento mais seguro do mercado.
Há três tipos de títulos do Tesouro Direto: o Tesouro Selic, o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+.
O Tesouro Selic segue a variação da taxa básica de juros. Entre os três, é o único indicado para a reserva de emergência, pois possui liquidez imediata.
Já o Tesouro Prefixado é uma aplicação de prazo mais longo, de, no mínimo, dois anos, e o seu rendimento é atrelado a uma taxa anual prefixada. Na data de hoje (esse artigo é de 19 de janeiro de 2022), o Tesouro Prefixado com vencimento em 01/07/2024 está pagando 11,68% ao ano.
Por fim, o Tesouro IPCA+ tem parte do rendimento atrelado ao IPCA (índice oficial da inflação brasileira) e parte a uma taxa prefixada. Em tempos de inflação, esse é um investimento importante para a carteira, pois preserva o patrimônio da desvalorização.
Leia também: Tesouro IPCA+: confira TUDO o que você precisa saber sobre esse investimento!
CDB
Outro título de renda fixa bastante popular é o Certificado de Depósito Bancário. Os CDBs são emitidos por bancos e têm a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que garante até R$ 250 mil por CPF no caso de quebra da instituição financeira. Portanto, trata-se também de um investimento relativamente seguro.
Da mesma forma que os títulos do Tesouro, os CDBs podem ser pós-fixados, prefixados ou híbridos (parte pré e parte pós-fixados). Com a alta dos juros, há opções bem interessantes em termos de rentabilidade. Inclusive, você pode conferir algumas no nosso buscador de investimentos, neste link.
LCIs e LCAs
Assim como os CDBs, as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) são títulos emitidos por instituições financeiras. A diferença é que os recursos captados com esses títulos têm destinação específica.
No caso das LCIs, os valores vão para programas de incentivo ao financiamento do mercado imobiliário. Já os recursos das LCAs são aplicados em projetos do agronegócio, ou seja, os beneficiários desses recursos são produtores rurais, cooperativas e demais instituições agrícolas.
As LCIs e LCAs estão entre os investimentos mais seguros de renda fixa, pois também são garantidas pelo FGC. Em relação a outros títulos, ambas possuem a vantagem de isenção do Imposto de Renda, o que torna o seu rendimento ainda mais atrativo.
Ambos os títulos possuem carência mínima de 90 dias. Porém, nem todos possuem liquidez imediata após a carência. Esse é um detalhe importante para verificar junto ao seu banco, caso você pense em investir em LCI ou LCA.
CRIs e CRAs
Os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) são títulos que representam recebíveis do mercado imobiliário. Por sua vez, os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) são títulos com lastro em operações do agronegócio.
Ambos os títulos são emitidos por securitizadoras, ou seja, empresas que transformam os créditos imobiliários e do agronegócio em títulos para serem vendidos aos investidores. Dessa forma, quem adquire um CRI estará ajudando a financiar algum empreendimento do setor imobiliário. No caso do CRA, o empreendimento financiado está ligado a algum projeto do agronegócio.
Tanto o CRI quanto o CRA são isentos de Imposto de Renda e, por isso, podem apresentar rendimentos mais altos do que a média da renda fixa. No entanto, eles não possuem a garantia do FGC. Logo, o risco desses títulos está diretamente associado ao êxito do empreendimento que ele financia.
Por isso, é importante conhecer a carteira de recebíveis imobiliários ou os projetos do agronegócio que dão lastro aos títulos. Dessa forma, o investidor consegue avaliar melhor o risco desses investimentos.
Outro ponto importante quanto aos CRIs e CRAs é o prazo do investimento. Por financiarem projetos de longa maturação, esses títulos costumam ter vencimentos longos, alguns chegando a 10 anos.
Debêntures
As debêntures são títulos emitidos por companhias de capital aberto para captação de recursos.
Quando uma empresa precisa de dinheiro, seja para expansão, novo projeto, ou simplesmente para reforçar o caixa, ela pode obter esses recursos por meio das debêntures. Dessa forma, ao adquirir uma debênture, o investidor está emprestando dinheiro para a empresa emissora, mediante uma remuneração previamente acordada.
Diferentemente das ações, quem investe em uma debênture não se torna sócio da companhia, mas sim credor da mesma. Logo, o vínculo com a empresa acaba assim que o título vence e o investidor recebe o seu dinheiro acrescido de juros.
As debêntures estão entre os títulos de renda fixa que oferecem as melhores rentabilidades. No entanto, é preciso avaliar criteriosamente a saúde financeira da empresa, pois esse investimento não tem a cobertura do FGC.
E onde mais investir em 2022?
Apesar de a renda fixa ser a bola da vez, há também outras alternativas de investimentos que podem trazer retornos interessantes neste ano. Clique no link abaixo, e confira nosso artigo com a opinião de especialistas sobre o assunto!