Nos últimos anos, um dos principais objetivos dos investidores foi encontrar alternativas mais rentáveis, por conta da queda da Selic. No entanto, com o atual cenário de alta dos preços, outra preocupação surge no mundo dos investimentos: como proteger o patrimônio dos efeitos da inflação?

Em 2020, a inflação acumulada foi de 4,52%, e as perspectivas para 2021 segundo o Boletim Focus do final de março, apontam para um acumulado de 4,81% no final deste ano.

5 investimentos atrelados à inflação para proteger o seu patrimônio

Pensando nesse cenário, preparamos esse material com cinco alternativas de investimentos que podem proteger a sua carteira dos efeitos da inflação. Continue a leitura e confira a seguir!

1 -Tesouro IPCA+

Quando falamos em investimentos atrelados à inflação, o Tesouro IPCA+ é um dos mais lembrados.

Esses títulos do tesouro também são chamados de híbridos, pois parte de sua remuneração é formada por uma taxa fixa e parte segue o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador que mede a inflação oficial brasileira.

O Tesouro IPCA tanto pode pagar juros somente ao final do prazo da aplicação quanto semestrais. No primeiro caso, o rendimento do investimento será maior, pois os juros incidirão sempre sobre o valor total capitalizado da aplicação. Já no segundo caso, o investidor terá a cada seis meses o crédito dos juros da sua conta, sendo essa modalidade ideal para quem deseja obter renda passiva com os investimentos.

Uma das vantagens de investir no Tesouro Direto é a facilidade e acessibilidade dessas operações. Para adquirir Títulos do Tesouro, basta ter uma conta em um banco ou corretora. A aplicação pode ser feita pela própria instituição financeira ou direto no Tesouro, pelo site ou aplicativo do órgão.

2 – Fundos de inflação

Os fundos de inflação, também conhecidos como fundos IMA-B (índice que demonstra a variação do Tesouro IPCA+), são investimentos de renda fixa atrelados a índices como o IPCA e o IGP-M.

Em relação ao prazo, esses fundos podem ser de três tipos:

IMA-B 5: possuem títulos públicos com vencimento inferior a cinco anos;

IMA-B + 5: possuem títulos públicos com vencimento acima de cinco anos;

IMA-B: podem ter títulos públicos com vencimentos de qualquer prazo.

Quanto mais longos forem os prazos desses títulos, maiores tendem a ser as taxas, pois maior também é a sua volatilidade.

Clique aqui para saber mais sobre os fundos de inflação.

3 – CDB atrelado à inflação

Embora as modalidades prefixadas e pós-fixadas sejam as mais comuns nessa aplicação, existem também Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) atrelados à inflação. Nesse sentido, o mais recente é o do banco digital 6C Bank, lançado no início de abril desse ano.

A aplicação inicial desse CDB é de R$ 100, e o prazo CDB vai de um a cinco anos. Quanto à remuneração, é o próprio IPCA mais uma taxa que varia conforme o prazo do investimento.

Uma das vantagens dos CDBs é a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que protege investimentos até R$ 250 mil por CPF.

4 – Debêntures atreladas à inflação

As debêntures são títulos de crédito privado emitidos por companhias para o financiamento de suas atividades.

Embora pertençam à renda fixa, esses títulos, normalmente, proporcionam rentabilidade superior à média da categoria. Saiba mais sobre as debêntures neste artigo. 

Existem algumas debêntures atreladas ao IPCA, que podem ser utilizadas pelo investidor como forma de proteger o patrimônio da inflação. No entanto, para investir nesses títulos, é necessária uma análise criteriosa da empresa, já que as debêntures não contam com a garantia do FGC, e a sua liquidação depende da saúde financeira da empresa emissora.

5 – Fundos imobiliários (FIIs)

Com os juros baixos, os fundos imobiliários (FIIs) são um dos investimentos de renda variável que mais tem atraído a atenção dos investidores nos últimos anos. E, quando são voltados para renda e possuem ativos com contratos de aluguel indexados ao IGP-M, também são boas opções de investimentos para proteger o dinheiro da inflação.

Para você ter uma ideia, o IGP-M (também conhecido como “índice dos contratos”) encerrou 2020 com alta acumulada de 23,14%, a maior variação dos últimos 18 anos. E, em 2021, já acumula alta de 8,21% nos três primeiros meses do ano.

No entanto, por causa da crise financeira acentuada pela pandemia, é necessário cautela ao escolher um fundo imobiliário. Isso porque muitas empresas fecharam suas portas ou reduziram as atividades, devido ao home-office.

Com isso, aumentou a vacância física e financeira de vários FIIs, o que impactou negativamente a rentabilidade de alguns desses fundos. Segundo especialistas, a expectativa é de que esses FIIs recuperem o desempenho ainda esse ano. Porém, com o atraso da vacinação, não se sabe ao certo em que ritmo isso acontecerá.

Mas afinal, qual o melhor investimento para um cenário de inflação?

Todas as opções que vimos acima são indicadas para quem deseja proteger a carteira dos efeitos inflacionários. No entanto, a melhor escolha deve levar em consideração o perfil do investidor, ou seja, o grau de tolerância ao risco de cada um.

Se você quer proteger o patrimônio da inflação com o menor risco possível, investir no Tesouro Direto ou em um CDB atrelado ao IPCA pode ser a melhor alternativa. Mas se o seu objetivo é rentabilidade acima do IPCA, poderá conseguir isso com debêntures ou fundos imobiliários, por exemplo.

Outro ponto importante a considerar é a diversificação da carteira. Mesmo em períodos inflacionários, o ideal é manter também outros indicadores de rentabilidade além do IPCA e IGP-M.

O rebalanceamento da carteira ajuda você a manter o seu portfólio equilibrado e adequado à sua estratégia de investimentos. Clique abaixo e entenda como funciona essa importante técnica!