Entre todos os fundos de investimento, os multimercado são considerados os mais versáteis do mercado financeiro. Justamente por isso, atendem a diversos perfis de investidores, dos mais conservadores aos mais arrojados.
Neste conteúdo, falaremos sobre como funcionam esses fundos, e daremos algumas dicas para que você escolha o mais adequado ao seu perfil e objetivos financeiros. Continue a leitura e confira a seguir!
O que são fundos multimercado?
A principal peculiaridade dos fundos multimercado é o fato de possuírem liberdade para aplicar em diferentes mercados.
Em fundos de ações ou de renda fixa, por exemplo, sabemos quais ativos predominam na carteira somente pelas nomenclaturas. Já nos multimercado, o gestor tem mais liberdade para alocar os recursos em diversas categorias de ativos. Dependendo de sua estratégia, até mesmo derivativos podem ser utilizados para buscar oferecer ao investidor resultados melhores do que os de aplicações mais conservadoras.
Como funcionam esses fundos
Da mesma forma que em outros tipos de fundos, os multimercado são formados pelo capital de vários investidores. Quem reúne esse capital e o investe em diferentes ativos é o gestor, também responsável pelo acompanhamento do desempenho do fundo. As decisões do gestor sobre onde aplicar os recursos deve seguir o que determina o regulamento do fundo.
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Os participantes do fundo (cotistas) terão os ganhos ou perdas do fundo compartilhados entre si, de forma proporcional à quantidade de cotas que possuem.
Existem diferentes estratégias que o gestor pode adotar nos fundos multimercado. Algumas das mais comuns são as seguintes:
Macro: essa estratégia visa antecipar tendências macroeconômicas. Para isso, o gestor busca ativos de renda fixa, renda variável, derivativos e outros, escolhendo de acordo com a tendência que imagina para o mercado no médio e longo prazo.
Trading: já na estratégia macro, o que motiva a escolha do gestor é o desempenho dos ativos no curto prazo.
Juros e moedas: como o nome sugere, a estratégia é operar moedas estrangeiras, taxas e índices de preços, como Selic e IPCA, por exemplo.
Long and short: esses fundos utilizam ativos da mesma categoria, buscando obter rentabilidade com as oscilações dos preços. Por exemplo, o gestor pode buscar ganhos com a compra e venda de ações.
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Livre: essa é a estratégia mais arrojada, pois o gestor pode investir em todos os segmentos acima relacionados (e em outros também) para buscar o melhor retorno para o cotista.
Como escolher um fundo multimercado?
Agora que entendemos o que são e como funcionam esses fundos, é hora de saber como fazer as melhores escolhas.
Há diversos pontos que você precisa conhecer e avaliar antes de escolher um fundo multimercado. A seguir, separamos cinco deles que consideramos alguns dos mais importantes.
1 – Conheça a classificação de risco do fundo
A estratégia e o tipo de ativo que compõem os fundos multimercado determinam a sua classificação de risco. Como eles não precisam respeitar alguns limites de concentração obrigatórios em outros fundos, é preciso estar atento ao seu grau de risco.
Por exemplo, é possível que um multimercado tenha concentração de ativos de poucos emissores. Esse é um risco que você precisa conhecer, e que deve estar descrito no regulamento e no termo de adesão do fundo.
2 – Conheça o histórico e o gestor do fundo
Essa é uma dica que vale não só para os multimercado, mas para todos os tipos de fundos de investimento.
Se você já investe em fundos, certamente já sabe que a rentabilidade passada não é garantia de ganhos futuros. Ou seja, mesmo um fundo que performa bem e que tenha uma gestão eficiente pode, eventualmente, apresentar maus resultados. Porém, é sempre importante checar a expertise da gestão e o histórico de desempenho do fundo. Ao observar o comportamento do gestor nas baixas, é possível ter uma ideia sobre a sua habilidade em lidar com momentos de crise.
Nos sites da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Anbima (associação representante de entidades do mercado de capitais) você tem acesso ao histórico de diversos investimentos, entre eles os fundos multimercado. Além disso, os próprios administradores dos fundos divulgam periodicamente essas informações.
3 – Avalie as taxas
Outra dica que vale para todos os tipos de fundos é conhecer os custos desses investimentos. Esses custos devem constar nos respectivos regulamentos, e é importante que você conheça todos, pois eles terão impacto sobre os seus rendimentos.
Clique abaixo, e confira detalhadamente os principais custos que incidem sobre fundos de investimentos.
Fundos de investimento: quais os custos para investir? (yubb.com.br)
4 – Conheça o valor patrimonial do fundo
Como vimos, uma das características dos fundos multimercado é a liberdade para aplicar em diversas categorias de ativos. Dessa forma, um valor patrimonial maior permite que o gestor explore ainda melhor essa possibilidade de diversificação, e isso é muito bom para aumentar as chances de rentabilidade do investimento.
5 – Analise detalhadamente a lâmina do fundo
A lâmina traz as principais informações sobre um fundo de investimentos. Por exemplo, os prazos de cotização e resgate, o valor mínimo do investimento, a estratégia, os riscos, e assim por diante.
Por isso, é muito importante verificar minuciosamente esse documento. Assim, você evitará surpresas e terá certeza de que o investimento escolhido é aquele que realmente está alinhado com seu perfil e objetivos financeiros.
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