Investir em ativos internacionais é uma excelente forma de aumentar a diversificação da carteira. Além disso, dolarizar os investimentos ajuda a mitigar o risco-país, algo muito importante principalmente em tempos de inflação e instabilidade econômica.
A boa notícia é que hoje em dia, investir lá fora ou adquirir ativos no Brasil que acompanham o dólar é mais fácil do que muitos imaginam. Se você está pensando em dolarizar os seus investimentos, continue a leitura e confira cinco alternativas interessantes!
5 alternativas para dolarizar a sua carteira de investimentos
Para investir em ativos internacionais, você pode tanto abrir uma conta no exterior quanto adquirir ativos relacionados ao mercado internacional.
Se você optar por ter uma conta lá fora, a primeira coisa que deve fazer é procurar por uma boa corretora. No caso dos EUA, existem dois tipos de corretoras: as diretas, que atendem diretamente os seus clientes, e as indiretas, que só fazem a intermediação entre os clientes e outras corretoras.
Para quem mora no Brasil, a melhor opção são as corretoras diretas, justamente por causa da praticidade e segurança que oferecem. Se você quer saber como abrir uma conta lá fora, dê uma olhada neste artigo.
A seguir, confira algumas alternativas que separamos para você dolarizar a carteira, investindo lá fora ou no Brasil.
Empresas exportadoras
Se você deseja acompanhar a evolução do dólar mas não quer abrir uma conta no exterior, uma das formas mais fáceis de conseguir isso é investindo em empresas que tenham receitas dolarizadas.
Gigantes como Vale e JBS, por exemplo, têm um grande volume de negociação diário na bolsa brasileira. Além de sua receita ser em dólar, essas empresas contam com o diferencial de uma grande base de clientes, pois atuam em diversos países.
Fundos cambiais
Outra forma de investir em ativos dolarizados é por meio de fundos cambiais.
Por definição, esses fundos devem investir, no mínimo, 80% de seu patrimônio em ativos relacionados a moedas estrangeiras. Os mais conhecidos são os que aplicam em ativos em dólar, apostando no desempenho da moeda norte americana.
Como forma de reduzir a volatilidade e equilibrar o risco da carteira, normalmente o gestor aplica os restantes 20% em títulos mais conservadores de renda fixa. É importante saber que, apesar do fundo cambial estar vinculado a ativos internacionais, as suas aplicações são feitas em reais. Ou seja, a moeda estrangeira é apenas uma referência de desempenho desses fundos.
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BDRs
A sigla BDR vem de Brazilian Depositary Receipts. Esses títulos representam ações de empresas norte-americanas, que são emitidos no Brasil e negociados na nossa bolsa de valores.
Trata-se de mais uma forma de investir em ativos dolarizados sem, necessariamente, precisar abrir uma conta no exterior. Apesar de acompanharem o desempenho de empresas estrangeiras, os BDRs são negociados em reais e seguem a legislação brasileira no que diz respeito à tributação e outros aspectos legais.
Os BDRs se tornaram mais populares no final de 2020, quando a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) liberou a sua negociação para investidores de varejo. De lá para cá, esses títulos têm caído cada vez mais no gosto dos investidores. Atualmente, já são mais de 800 BDRs negociados na B3, porém a maioria ainda não possui boa liquidez. Esse é um dos principais pontos de atenção para quem deseja investir nesses títulos.
Leia também: Vale a pena investir em BDRs? (yubb.com.br)
ETFs
Também conhecidos como “fundos de índices” os Exchange Traded Funds (ou ETFs) são fundos de investimentos cujo objetivo é replicar o desempenho de determinado índice ou ativo do mercado financeiro.
Isso significa que o desempenho de um ETF será sempre semelhante ao de seu índice ou ativo de referência, sem a intenção de superá-lo, como ocorre em fundos de gestão ativa. Por esse motivo, os ETFs são considerados fundos de gestão passiva, no qual o compromisso do gestor é apenas acompanhar o desempenho do benchmark em questão.
Da mesma forma que os BDRs, os ETFs se tornaram mais populares com as novas regras da CVM, vigentes desde outubro de 2020. Uma das grandes vantagens desses fundos é a diversificação de forma mais acessível que proporcionam. Isso porque, ao adquirir cotas desses fundos, o investidor tem acesso a diversos ativos que custariam bem mais caro se adquiridos individualmente.
Há diversos ETFs que investem em empresas internacionais e em setores da economia do mercado internacional. Esse é outro ponto positivo desses fundos, pois há segmentos promissores em outros países e que ainda são insipientes no Brasil.
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REITs
REIT vem de Real Estate Investment Trust, e é uma modalidade de investimento no setor imobiliário norte-americano.
Os REITs surgiram nos anos 60 nos EUA para permitir que pessoas físicas investissem em imóveis. Basicamente, essa modalidade funciona por meio de empresas proprietárias de imóveis, que os gerenciam para obter renda. Para ser considerada REIT, no mínimo 75% da receita bruta da empresa deve vir de ativos mobiliários. Além disso, ela deve distribuir, pelo menos, 90% do seu lucro tributável aos acionistas, sob a forma de dividendos.
Para investir diretamente em REITs, é preciso ter uma conta no exterior. Mas é possível também fazer isso por meio de BDRs de REITs.
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E então? Você já conhecia todas essas alternativas para dolarizar a sua carteira? Deixe abaixo os seus comentários, ou mande suas dúvidas que o Yubb responde!