Muitas vezes, o termo “criptomoeda” é utilizado para designar todo tipo de ativo virtual, certo? No entanto, embora sejam as mais conhecidas, as criptomoedas não são o único tipo de criptoativo que existe.
Ficou confuso? Então, continue a leitura para descomplicar e conhecer outros criptoativos disponíveis no mercado!
4 tipos de criptoativos além das criptomoedas
De forma geral, as criptomoedas funcionam de forma semelhante ao dinheiro, pois podem ser utilizadas em transações financeiras. Além disso, muitos investidores têm esses ativos na carteira como reserva de valor, pois, teoricamente, são descorrelacionados da inflação.
As maiores criptomoedas, e mais conhecidas, são Bitcoin (BTC) e Ether (ETH). Além delas, há outros nomes famosos são Binance Coin (BNB), Ripple (XRP), Cardano (ADA), Solana (SOL), entre outras.
Agora, conheceremos outros quatro tipos de criptoativos. Acompanhe!
1 – Stablecoins
As stablecoins – também chamadas de “moedas estáveis” – são ativos digitais com algum tipo de lastro (ou garantia). Esse lastro pode ser uma moeda fiduciária (a mais comum é o dólar), commodities (ouro, prata, petróleo ou uma cesta de vários), ou mesmo uma criptomoeda.
Há também stablecoins algorítmicas, que não são atreladas a nenhum ativo, mas sim a algoritmos e contratos inteligentes. De qualquer forma, a performance das stablecoins sempre acompanha o seu objeto referência. Por isso, as vinculadas a ativos financeiros acabam sendo menos voláteis do que as criptomoedas. Essa é uma das razões para que, muitas vezes, as stablecoins sejam consideradas uma porta de entrada para o mundo dos criptoativos.
2 – NFT
NFT é a sigla para Non-Fungible Token (ou “token não-fungível”). Trata-se de um ativo digital que confere ao seu proprietário o certificado de uma propriedade, que pode ser uma obra de arte ou literária, uma fotografia, uma música, e assim por diante.
O conceito parece meio abstrato, não é mesmo? Por isso, é bom explicá-lo por meio de exemplos.
Se você utiliza redes sociais, certamente costuma postar fotos suas no Instagram e Facebook, certo? Agora, imagine que você seja uma celebridade e não queira expor sua imagem nas redes gratuitamente. Nesse caso, você pode utilizar um NFT para garantir a propriedade original de suas fotos. Em outras palavras, o NFT lhe dá direitos exclusivos sobre as fotos que você associar a ele.
Diversos artistas e celebridades têm utilizados NFTs para comercializar seus trabalhos. Por exemplo, em março de 2020, Jack Dorsey, fundador do Twitter, vendeu seu primeiro tweet por US$ 2,9 milhões. A transação foi realizada por meio de um NFT, e o dinheiro da negociação foi doado logo em seguida.
Quem adquire um NFT é motivado pela exclusividade do bem que esse ativo digital representa. Além disso, há chances de que o comprador o venda com lucro em algum momento.
3 – Utility token
No mundo dos criptoativos, o utility token é algo que permite ao seu detentor acessar determinado produto ou serviço. Nesse sentido, pode-se trocá-lo por algum produto ou serviço digital, como o acesso a serviços de finanças descentralizadas (Defi), por exemplo.
Os utility tokens não têm como objetivo principal ser um investimento em si, mas sim um acesso a determinados bens ou serviços. um exemplo que ajuda a entender como funcionam são os programas de fidelidade, nos quais as empresas dão aos seus clientes alguns benefícios, como bonificações ou descontos em compras.
Uma das diferenças dos utility tokens em relação às criptomoedas é que eles não precisam, obrigatoriamente, ser minerados. Em vez disso, basta que a quantidade de tokens seja definida no início do projeto, pois a sua criação se dá por meio dos smart contracts (ou “contratos inteligentes”).
Um bom exemplo de utility token são os fan tokens, que têm crescido no mundo inteiro. Esses ativos digitais estão associados a times de futebol e outros esportes, como Fórmula 1 e MMA, por exemplo.
Leia também: O que é fan token? Vale a pena comprar? (yubb.com.br)
Outro exemplo desse tipo de token é o famoso jogo Axie Infinity, criado na plataforma Ethereum. Semelhante ao antigo Pokémon, esse jogo possui o utility token AXS, que serve como meio de troca entre os jogadores.
4 – Security token
Esse tipo de token surgiu depois dos utility tokens, e ajudaram muitas empresas e startups a captar recursos por meio de ICOs (oferta inicial de criptoativos). Isso começou a chamar a atenção de órgãos reguladores, pois mesmo que sejam utilizados dentro de uma plataforma, os utility tokens não são tangíveis e não têm um valor real.
Por isso, foram criados os security tokens, que são garantidos por valores mobiliários. Em outras palavras, os security tokens podem prestar garantia às transações, pois são atrelados a ativos com valor tangível.
Esses tokens atendem às normas de órgãos reguladores do sistema financeiro, como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Inclusive, eles precisam adotar o procedimento das instituições financeiras conhecido como KYC (conheça seu cliente) para identificar os clientes.
No mundo dos investimentos, um exemplo de security token é o ReitzBZ, criado pelo BTG Pactual. Emitido em 2019, esse token representa uma carteira de imóveis no Brasil, e permite que um investidor em qualquer lugar do mundo aporte recursos utilizando o blockchain.
Perceba que os security tokens também são uma forma de democratizar os investimentos. Por exemplo, um fundo imobiliário tradicional não pode ser vendido para um investidor que esteja fora do país. É por isso que se costuma dizer que os tokens de segurança têm um grande papel no sentido de integrar o sistema DeFi com as finanças tradicionais.
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